Cientistas fizeram uma incrível descoberta: uma forma de combater o Alzheimer sem remédios. Trata-se de uma ressonância com laser infravermelho que é capaz de destruir as placas prejudiciais que se formam no cérebro de pessoas com essa triste doença.
As placas que provocam o Alzheimer contêm as chamadas proteínas amiloides – também conhecidas como fibrilas – e elas se formam no cérebro de pessoas com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e o Mal de Parkinson.
Testes recentes mostraram que a ressonância com um laser infravermelho, sintonizado em uma frequência específica, fez com que as fibrilas amilóides fossem destruídas, se desintegrando de dentro para fora e sem prejudicar outras parte do cérebro.
A pesquisa, publicada no conceituado Journal of Physical Chemistry B, foi liderada pelo Dr. Takayasu Kawasaki (Centro de Pesquisa IR-FEL, Universidade de Ciências de Tóquio, Japão) e pelo Dr. Phuong H. Nguyen (Centro Nacional de Pesquisa Científica, França), além pesquisadores do Centro de Radiação Síncrotron de Aichi e o Synchrotron Radiation Research Center, Universidade de Nagoya, também no Japão.
Os cientistas usaram uma porção de uma proteína de levedura, que é conhecida por formar fibrilas amilóides nos pacientes com Alzheimer. A ressonância com o infravermelho faz um ataque duplo à essas placas.
Sintonizando a frequência do feixe de laser infravermelho com o da “banda amida I” da fibrila, a ressonância mostrou-se uma realidade.
Imagens posteriores aos testes confirmaram que as fibrilas amilóides foram desmontadas após a utilização do laser na frequência de ressonância.
Para as simulações, os pesquisadores usaram de uma técnica que alguns membros da equipe de pesquisa haviam desenvolvido no passado, chamada de “simulações de dinâmica molecular sem equilíbrio (NEMD)”.
Por meio dessas simulações, os cientistas observaram que o processo começa no núcleo da fibrila, onde a ressonância acabando quebrando as ligações intermoleculares do hidrogênio e, assim, torna-se capaz de separar as proteínas no agregado.
A ruptura dessa estrutura, por sua vez, se espalaha para as extremidades da fibrila.
Juntos, tanto o experimento quanto a simulação formaram um excelente argumento para uma nova possibilidade de tratamento para distúrbios neurológicos.
“Tendo em vista a incapacidade dos medicamentos existentes para retardar ou reverter o comprometimento cognitivo na doença de Alzheimer, é muito desejável o desenvolvimento de abordagens não farmacêuticas. A capacidade de usar lasers infravermelhos para dissociar fibrilas amilóides abre uma abordagem promissora”, disse o Dr. Kawasaki.
Agora, no próximo passo, a equipe pretende a longo prazo estabelecer uma estrutura que combine experimentos a laser com simulações de NEMD para estudar o processo de dissociação de fibrilas com mais detalhes e resultados ainda mais animadores. Para a nossa sorte, este e outros trabalhos já estão em andamento.
Com informações Universidade de Ciências de Tóquio e GNN
Foto/ilustração: ThisisEngineering RAEng / Unsplash
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