Um novo estudo parece verdadeiramente promissor no que diz respeito ao tratamento de pessoas com Alzheimer. O estudo foi publicado pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra.
A informação no site de prestígio da Medicalxpress.
A pesquisa, inicialmente inicialmente em ratos, mostrou que o remédio é eficaz na redução do acúmulo de fibras insolúveis da proteína tau, proteína esta que é encontrada no cérebro das pessoas portadora da doença.
Essas fibras microscópicas se acabam se acumulando em emaranhados neurofibrilares e podem causar a desestabilização dos neurônios e morte de células cerebrais da pessoa, o que explica uma das características de progressão da doença.
O estudo também fez uma descoberta interessante: quatro drogas atuais são possíveis candidatas para prevenir a formação de fibrilas tau.
Principalmente por serem de fácil ingestão, elas são absorvidas pelo cérebro e permanecem no corpo por várias horas. Dessas quatro, o salbutamol foi a droga que mostrou mais potencial para um novo tratamento contra a doença de Alzheimer.
“O salbutamol já passou por extensas revisões de segurança e, se pesquisas posteriores revelarem uma capacidade de impedir a progressão da doença de Alzheimer em modelos celulares e animais, esse medicamento poderá oferecer um passo adiante, reduzindo drasticamente o custo e o tempo associados ao desenvolvimento típico de medicamentos”, expllicou David Townsend, principal autor da pesquisa.
Os pesquisadores também revelaram que os inaladores atuais de asma resultam em apenas uma pequena quantidade de salbutamol atingindo o cérebro e, portanto, se outras pesquisas também obtiverem êxito, também será necessário desenvolver um novo método para administrar o medicamento.
Animados, mas ainda cautelosos, os cientistas dizem que as pesquisas estão apenas começando – o que não significa que não possamos criar esperança para uma doença tão difícil. Quem já teve ou tem alguém na família com Alzheimer, sabe como é complicado e doloros.
“Este trabalho está nos estágios iniciais e estamos longe de saber se o salbutamol será ou não eficaz no tratamento da pessoas com Alzheimer. Nossos resultados justificam mais testes de salbutamol e drogas similares em animais e eventualmente, se bem-sucedidos, em ensaios clínicos”, completou David Middleton, co-autor da pesquisa.
Com informações MedicalXpress e Extra
Imagem de capa: Clément Falize via Unplash
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