sim, quando falamos de amor, devemos sempre lembrar que ele é mais bonito, mais honesto e mais marcante nas suas sutilezas e detalhes.
o amor não dá mais pra ser romantizado nos seus problemas, principalmente quando se refere aos hábitos tóxicos que fazem a outra pessoa envolvida sofrer.
não tem nada a ver com existirem regras para o amor, mas também não significa que ele precise ser limitado e merecer pouco. porque amor é troca e quem desconhece essa prática, jamais conseguirá a plenitude de se perder e reencontrar junto do outro.
permitir amores sutis é também sobre todos os relacionamentos: amorosos, parentais, profissionais, passageiros das nossas rotinas, de rostos conhecidos ou não.
se você almeja amor, você deve ser amor. e permitir as sutilezas do amor requer maturidade e aprendizado emocional. é saber reconhecer e filtrar se te faz bem, se soma na sua visão de mundo, na sua inteligência de alma e coração.
ainda assim, a maior prova de que você entende das sutilezas do amor é reconhecer que ele é seu, mas enquanto posse. existe amor na outra parte envolvida e esse amor pode e tem o direito de partir.
o amor que temos grande dificuldade de aceitar é esse: o que não fica. mesmo doendo no momento do adeus, o amor é escolha e, se amamos alguém, desmerecer a felicidade dessa pessoa porque não a teremos mais é de um egoísmo incompreensível.
então, no caso do amor sobrar, transbordar ou faltar, pense bem antes de permiti-lo. é necessário o esforço de ao menos tentar deixar o amor mais leve ao nosso ritmo. às vezes sintoniza. às vezes, não.
o amor tem lugar de fala pra todos. mas ele não tem o devido descanso e serenidade em todos. talvez esta seja a mais sútil das diferenças no amor: se precisar insistir, tendo como efeito se diminuir, se sabotar e deixar de ser você, é porque o amor foi substituído por algum sentimento que não cabe mais.
não permita menos que tudo em sua vida, incluindo o amor por você e naquele que espera encontrar por aí.
Imagem de capa meramenente ilustrativa do filme To Catch a Thief (1955)
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Quando se fala de amor, geralmente se reporta ao amor homem-mulher, porque não se concebe que alguém possa viver sozinho, tendo escolhido e/ou aceito essa opção, sem depressão ou traumas, sofrimentos e dores existenciais. Quando se fala de amor, raros se lembram de todas as outras situações em que este sentimento se exterioriza de um ser para outro, por exemplo, o amor de pai e filho, ou de um tutor pelo seu cão, de forma individual ou para muitos outros seres, quando o amor se estende, sem fronteiras, caridoso, incondicional e irrestrito além dos seus próprios interesses e cobranças de dar e receber afeto, a fim de transcender os muros de uma casa e se fazer maior e mais pleno em favor de muitos. Cristo é o exemplo ideal de como o amor pode ser: absoluto, verdadeiro e desinteressado, como só Ele mesmo foi capaz de nos amar, no entanto compreende-Lo, é possível.