Raffia Arshad, de 40 anos, cresceu em Yorkshire, no norte da Inglaterra. Desde os 11 anos, ela sonhava em trabalhar na área de Direito. Seu sonho se tornou realidade quando se formou advogada, mas agora ela está fazendo história: Raffia foi recentemente nomeada juíza assistente do distrito no circuito de Midlands.
Sua ascensão é uma ótima notícia para a diversidade no sistema jurídico de todo o mundo. Raffia comentou que o escritório judicial procurava promover a diversidade, mas quando a nomearam, não sabiam que ela estava usando um hijab.
“Ele é definitivamente maior que eu. Eu sei que isso não é sobre mim. É importante para todas as mulheres, não apenas para mulheres muçulmanas, mas é particularmente importante para mulheres muçulmanas”, disse ela em entrevista ao Metro UK.
Raffia também já trabalhou em torno do direito privado, especialmente com crianças, casamento forçado, mutilação genital feminina e outros casos relacionados à lei islâmica nos últimos 17 anos. Ela foi a primeira em sua família a conseguir ir pra faculdade.
Embora a promoção seja uma excelente notícia para ela, Raffia disse que a felicidade de outras pessoas que compartilharam a notícia com ela era “muito maior”.
“Recebi muitos e-mails de pessoas, homens e mulheres. São as mulheres que se destacam, dizem que usam hijab e pensam que nem sequer podem se tornar advogadas, muito menos juízas”, disse.
Raffia já sido discriminada em pleno tribunal por causa de seu hijab. Frequentemente a confundem com um trabalhador judicial ou com uma cliente. Alguns até acreditam que ela não tem experiência para estar ali.
“Não tenho nada contra o promotor que disse isso, mas reflete que, como sociedade, mesmo para quem trabalha nos tribunais, ainda existe essa opinião prejudicial de que os profissionais de alto nível não se parecem comigo”, acrescentou.
Um membro da família a aconselhou uma vez a não usar um hijab em uma entrevista para uma bolsa de estudos na Escola de Direito da Inns of Court em 2001, alertando-a de que isso afetaria suas chances de conseguir a vaga.
“Decidi colocar o cachecol na cabeça porque é muito importante para mim aceitar a pessoa como ela é. E se eu tivesse que me tornar uma pessoa diferente para praticar minha profissão, não é algo que eu gostaria”, contou.
Os chefes conjuntos das Câmaras de Direito da Família de St. Mary’s disseram estar “encantados” e orgulhosos ao ouvir as notícias da nomeação de Raffia.
“A Raffia abriu caminho para as mulheres muçulmanas terem sucesso na advocacia, e trabalhou incansavelmente para promover a igualdade e a diversidade na profissão”, disseram Vickie Hodges e Judy Claxton.
“É uma nomeação muito merecida e totalmente digna, e todos no St. Mary’s estão orgulhosos disso e desejam a ela todo o sucesso”, disseram.
Que vitória linda!
Com informações Metro UK
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