Pesquisadores da UFPB desenvolveram um capacete que funciona como respirador bastante parecido com o utilizado atualmente na Europa para combater a demanda de respiradores tradicionais. E segundo o governo de São Paulo, o Hospital das Clínicas da capital vai receber, ainda nesta semana, os primeiros protótipos criados pela universidade paraibana.
O melhor é que eles são meno invasivos, trazendo mais conforto para os pacientes que estão em estado grave com Covid-19.
Os aparelhos foram confeccionados no Laboratório de Fabricação Digital (FabLab) da Universidade Federal da Paraíba, no Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear), no campus I, em João Pessoa – e terão a ajuda de empresas nacionais para a sua produção em maior escala.
O grande benefício do capacete é que ele não precisa ser usado em leitos de UTI, que estão escassos no país na atuação situação.
Com o capacete, os pesquisadores esperam estar disponibilizando uma alternativa de ventilação não invasiva, com geração mínima de aerossóis, oferecendo assim oxigênio e pressão positiva sem a necessidade de realizar a intubação orotraqueal.
Além de reduzir as possíveis complicações geradas pela ventilação mecânica, os pesquisadores também esperam que as infecções hospitalares diminuam, principalmente a pneumonia, bastante associada à ventilação mecânica.
Carlos Carvalho, pneumologista responsável pela UTI do HC, disse na última terça-feira (5) que, antes de os capacetes serem liberados para toda a rede de saúde, eles passarão por um teste no hospital.
Obviamente, tudo ainda depende da aprovação da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
“O mais difícil hoje para abrir um leito no estado é conseguir um respirador”, disse o secretário estadual de Saúde de São Pauo, José Henrique Germann.
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