Que vivemos em tempos de relacionamentos líquidos, sabemos faz tempo. Mas o que eu gostaria do universo hoje é que, sendo possível, pediria que todo e qualquer relacionamento feito para não durar, fosse trocado por uma experiência, um viver oceânico. Faz bem ao coração essa profundidade.
Eu não serei utópico ao te dizer que todos os amores verdadeiros duram. Às vezes o ciclo deles têm fim e ponto. Sem reticências, sem pontos de interrogação, sem lamentos. Seja um relacionamento amoroso, familiar ou de amizade, já sabemos que as relações se tornaram líquidas. É o tempo, é a velocidade, é a quantidade de escolha e demanda. Vários fatores e sentimentos influenciam esse desapego sem querer – mas querendo, entre todos nós. Porém, o vazio, a sensação de faltar o preenchimento em nossas vidas e a carência de não possuirmos vínculos afetivos duradouros desanima. Mas e se eu, você e algumas pessoas mudássemos o nosso jeito de encarar essa complexidade de entrelaces?
Sei lá, talvez a falta de um relacionamento possa ser substituída por dias oceânicos. Porque a profundidade é totalmente diferente. Numa relação você espera e cobra do outro, mas quando é você com você, o cenário muda de emoção e condição. De repente está na hora de encaixar aquela viagem atrasada de anos, ou, quem sabe, de ir ali naquele bar que você sempre passa depois do trabalho e sentar para tomar alguma coisa e ver as pessoas passarem. Ou ir ao museu, ao cinema, ao teatro, ao show favorito. Melhor ainda: pegar o fim de semana de tempo aberto e conhecer o lugar onde mora. Sentir o sol de perto, procurar um gramado para deitar, pesquisar um passeio, trilha, cachoeira e etc.
Quase sempre o nosso coração é cheio de opções saudáveis, mas como somos teimosos, queremos justamente as escolhas que não são responsabilidade dele. É incrível como insistimos em relacionamentos que já claramente não fazem questão alguma de ocupar espaço e encantamento em nossos dias. Então, por que bater na mesma tecla?
O coração também pode ser pragmático sem ser raso: se não te faz feliz, adeus. Molhar os pés e mergulhar apenas onde cabe a construção, a falta de pressa, o cuidado em trocar e se comprometer. Fora isso, acabou o atraso. Troco com o universo qualquer relação discutível por um dia indiscutível. Este é o tal amor que precisa durar, que é sólido e que nunca fica escasso dentro de mim.
Imagem de capa meramente ilustrativa do filme Her (2013)
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