Eu gosto é de detalhes, de surpresas, de gente que observa. Sou daquelas que muito pensa e pouco fala, e quando fala, fala, fala, fala, mas sem dizer nada – deixo tudo subentendido nas entrelinhas. Acontece o mesmo, mas mais explícito, quando escrevo e, se quer saber, eu prefiro mil vezes escrever. Desisti de por em prática falar, como uma vez me disseram: você tem que falar o que sente, MF, ninguém é obrigado a ficar adivinhando. Ok. Eu tentei, juro que tentei. Mas não adianta, não mais. Desacreditei na eficácia, talvez…
E agora vejo a vida passar, a rotina se infiltrar pelas beiradas sem nada de novo. Nadinha. Nem um frio na barriga sequer, nem um desafio qualquer nem nada digno de por estrelas nos olhos e alvoroçar borboletas cá dentro. Acho que nesse vício de engolir palavras, acabei matando uma a uma, por falta de espaço pra voar… Falta mais leveza, mais ação, menos pensar. Mais noites sem dormir, mais seriados, mais filmes, mais lutas antigas e receitas impossíveis de recriar. Mais silêncio.
É isso! Falta o silêncio que não é incômodo, a rede balançando perto do mar, o café recém coado, flor arrancada do chão, bilhete grudado no espelho. Falta um canto pra se esconder. Eu tenho querido tanto me esconder, só por uns dias, pra ver se me refaço e volto inteira e se perguntares o que foi que quebrou ou que parte de mim perdi, já adianto: não sei. Como, porque, aonde. Não sei…
‘tá é faltando chacoalhar pra ver se volta tudo pro lugar. Tirar a poeira da adrenalina, guardar o tédio no armário, sair sem ter hora nem lugar pra voltar, sem saber o que esperar e sorrir, suspirar e surpreender com o que tem na linha do horizonte, ali onde o céu se fantasia de mar. Falta é mais pores de sóis, mais rima, mais detalhes escondidos nos lençóis. Falta menos imaginação e mais verbo. Menos preocupação e mais toque, mais incertezas, mais insegurança, mais adrenalina, mais ovos no chão e nenhuma zona de conforto. Falta deixar o pensamento na soleira da porta e SENTIR. Só ir.
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