A mulher que conseguiu se livrar de relacionamento(s) abusivo(s) adquiriu uma nova forma de olhar a vida; definitivamente, ela é uma nova mulher.
Ela reverteu toda a dor emocional em aprendizado; ela não está imune cometer novos erros, mas ela já sofreu o suficiente para não permitir que velhos erros se repitam.
Ela tornou-se expert em detectar possíveis parceiros abusivos e, quando isso ocorre, ao invés de ela tentar “consertar” o sujeito, como ela fez tantas vezes no passado, ela vai simplesmente sair de cena. Ela sabe, mais do que ninguém, o preço que se paga ao tentar se encaixar num formato de relacionamento doentio e perverso.
Ela aprendeu a dialogar consigo mesma, ao invés de argumentar exaustivamente com quem não possui capacidade para compreender o que é uma relação saudável. Basicamente, ela soluciona a situação com estas perguntas: “eu preciso disso”? “eu mereço passar por isso”? “é isso que eu desejo para o meu futuro”?
É o perfil de mulher que já não tolera parceiro instável emocionalmente; que vive dando chilique; que quer controlá-la a todo custo; que quer podar suas asas, e que enxerga ameaça nas conquistas dela, ao invés de vibrar com ela.
A mulher que sobreviveu a amores abusivos pode até ter dúvidas sobre o que deseja para o seu futuro; mas ela sabe de cor e salteado o que ela não tolera mais.
Por ter sangrado tanto no processo de se libertar, ela passou a colocar a sua paz num patamar inegociável. Então, de cara, quando a relação começa a tumultuar o seu emocional, ela já entende o recado: “isso aqui não é para mim, e eu não tenho a pretensão de mudar ninguém”.
Se ela continua acreditando no amor? Sim, mas de uma forma muito racional. Ela já não coloca o desejo por um relacionamento como o centro da sua motivação para viver. Se surgir alguém que venha para somar, tudo bem, ela vai tentar; porém, ela não vai mais se fragmentar por ninguém. Ela entendeu o que merece; ela é uma sobrevivente.
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