Felipe Rossi viaja pelo Brasil e pelo mundo com seus parceiros para consertar, gratuitamente, os dentes de milhares de pessoas de baixa renda.
“A gente cuida da boca inteira do paciente de acordo com o que ele precisa, com atendimento gratuito. O objetivo é fazer atendimento no nível de consultório odontológico em comunidades que não têm acesso a esse serviço”, disse o dentista ao R7.
Aos 38 anos, Felipe é presidente da ONG Por1Sorriso, que foi fundada em 2016 e percorreu desde o remoto Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, a países localizados no leste da África, como o Quênia e o Moçambique.
A última ação realizada pela equipe, em Nova Olinda, no Ceará, contou com uma 35 voluntários, entre dentistas, médicos, ajudantes gerais e um fotógrafo.
“Levamos por volta de 2 toneladas de equipamento, que é enviado via carreta”, conta Felipe.
O tratamento é completo e totalmente gratuito. Exames minuciosos são realizados nos pacientes para identificar os problemas de cada um e também para determinar quais os procedimentos necessários. “Fazemos tudo: canal, restauração, dentadura”, conta o dentista.
Os pacientes com algum tipo de dor na arcada dentária e os que precisam de dentaduras são prioridade. “Recebemos todo mundo, não temos vínculo com nenhum governo ou igreja”, frisa.
Os atendimentos são feitos em locais cedidos em sua maioria por parceiros da ONG, além dos locais oferecidos pela prefeitura do município.
“No Xingu a gente fez atendimento numa oca. A última ação foi feita em um teatro”, conta Felipe.
Cada ação no país dura geralmente cinco dias, com um custo que gira em torno de R$ 20 mil.
Felipe diz que nesse intervalo, a equipe consegue realizar cerca de 1.500 procedimentos.
Esses procedimentos são só possíveis através do patrocínio de duas empresas que pertencem a amigos pessoais de Felipe e, mais recentemente, da marca Colgate.
Mas qualquer pessoa ajudar, doando por meio do “Sorriso Solidário”. É possível escolher uma quantia mensal que varia de R$ 10 a R$ 200, ou ainda, fazer um depósito bancário de qualquer valor.
“A verba ainda é muito aquém do que a gente precisa para fechar a conta no final do mês”, afirma o dentista.
Tudo começou quando Felipe, junto de outra dentista, Marina Melo, participaram de uma missão no Moçambique. Foi lá que ele teve a ideia de criar a ONG.
“Começamos nós dois e alguns voluntários”, lembra.
No banco de dados da organização existem mais de 4.000 profissionais voluntários cadastrados, mas nem todos conseguem parmanecer: “Existem custos com os quais as pessoas têm que arcar e, com isso, muita gente acaba desistindo de ir na ação. É sempre muito difícil fechar a equipe”, explica Felipe.
Com informações do R7 e BoredPanda
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