A proibição da caça de baleias em diversas partes do mundo é a principal responsável pelo aumento da espécie, tirando-a assim do perigo da iminente da extinção. Segundo uma nova pesquisa divulgada nos últimos dias, a população de baleias jubarte – que estavam em extinção – saltou de 450 para 25 mil no Atlântico Sul nas últimas décadas.
O levantamento de origem internacional foi feito em co-autoria por Grant Adams, John Best e André Punt, todos da Escola de Ciências Aquáticas e da Pesca da Universidade de Washington, nos EUA.
No litoral do Brasil, mais precisamente, as baleias jubarte saltaram de 400 para 17 mil em 60 anos, de acordo com o Senso 2019 do Projeto Baleia Jubarte, uma ONG que existe desde 1988 e realiza o mapeamento do Oceano Atlântico para fazer a contagem dos mamíferos.
A quantidade dessas baleias – chamadas cientificamente de Megaptera novaeangliae – aumentou graças a medidas de proteção ambiental implementadas na década de 1960, quando os cientistas perceberam que as populações das baleias estavam em declínio.
Anos depois, na década de 1980, a Comissão Internacional da Baleia emitiu uma alerta de repressão a caça, oferecendo mais garantias de sobrevivência das espécies.
O resultado é que essa nova estimativa de 25 mil animais está próxima dos números que existiam antes da época em que era permitido caçar baleias.
“Fomos agradavelmente surpreendidos pelo retorno. Estudos anteriores não sugeriram que as baleias jubarte nessa região estavam indo bem”, disse John Best ao portal Good News Network.
O estudo, publicado em outubro na revista Royal Society Open Science, rejeita avaliação anterior realizada pela Comissão Internacional da Baleia, entre 2006 e 2015, que indicava que a população de baleias havia recuperado apenas cerca de 30% de seus números anteriores à exploração.
O autor principal da pesquisa, Alex Zerbini, do Instituto Conjunto para o Estudo da Atmosfera e do Oceano da Universidade de Washington, diz que essas descobertas são uma notícia boa, um exemplo de como uma espécie em extinção pode voltar da quase extinção.
“As populações de animais selvagens podem se recuperar da exploração se o manejo adequado for aplicado”, disse Zerbini, que concluiu o seu trabalho no laboratório de mamíferos marinhos do NOAA Alaska Fisheries Science Center.
O estudo também foi capaz de analisar como o renascimento das jubarte do Atlântico Sul pode ter impactos no ecossistema.
Com informações do GNN e Royal Society Open Science e Fantástico
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