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Capixaba cria motor elétrico para Fusca e não precisa mais de gasolina

Aline Gonçalves Santos, capixaba de Vila Velha (ES), é engenheira eletricista e acabou de criar um motor elétrico para o seu Fusca 1971.

Mesmo parecendo que a ideia de ligar o veículo na tomada de casa para “carregá-lo” pareça coisa de cinema para muitos brasileiros, Aline quer mostrar que nada disso é impossível.

A engenheira capixaba estudou e desenvolveu durante dois anos um projeto em que buscava identificar os componentes necessários para criar um motor elétrico para o seu Fusca 1971. A pesquisa é dela é mais um passo para adaptar os carros movidos a combustíveis fósseis no Brasil.

Infelizmente, as grandes montadoras competem para ver quem chega com mais força e sucesso na era dos veículos elétricos, mas Aline estuda, de maneira independente, uma alternativa de popularizar essa realidade para os carros brasileiros. “O futuro já se tornou presente”, disse Aline.

Aline executou diversos testes em seu carro antes de lançar a startup MeuVeb. Com a ajuda de uma equipe de eletricistas e mecânicos, e um investimento inicial de R$ 60 mil, ela conseguiu equipar seu Fusca com o motor elétrico. E ele é eficiente, pois roda 50 quilômetros a uma velocidade de 50 km/h.

“É um carro urbano, dentro da proposta de popularizar o veículo elétrico. Não é projetado para viagens, por exemplo. Um estudo apontou que a velocidade média em Vitória é de 30km/h, portanto, o Fusca está excelente. As pessoas ficam mais tempo com o pé na embreagem do que no acelerador”, disse a criadora, que expôs o veículo em um evento voltado para isso em 2018 e recebeu tanto elogios quanto propostas de parcerias de paraguaios e chineses para o aprimoramento do motor.

Segundo Aline, qualquer veículo pode ser adaptado, mas no momento ela só trabalha apenas com modelos antigos e com chassi Volkswagen, como Fusca, Karmanguia, Puma e Brasília.

“A nossa proposta é galgar para chegar a carros mais novos”, revelou Aline.

Chegando praticamente sozinha em um mercado já multibilionário e controlado por meia dúzia de conglomerados internacionais, Aline leva com humor a situação: “me sinto uma sardinha no meio dos tubarões”.

No entanto, ela não teme a competição e muito menos foge dos desafios para popularizar essa nova realidade. “Quando eu me deparei com o valor de um veículo elétrico, eu percebi que a população brasileira não tinha condições de comprar. Eu não tenho condições de comprar, e eu queria muito um carro elétrico.”

Fonte da matéria: AutoVídeos/Fotos: Reprodução/Thiago Coutinho

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