Psicologia - Diversos

Conversar com aqueles que se foram é uma ótima terapia. Ajudar a curar quem sofreu uma perda

Parece que nunca estaremos em paz com o fato de que, eventualmente, todos nós vamos morrer. Talvez a parte mais difícil disso não seja apenas o fato de que o fim chegará um dia, mas a ideia de que um dia nossos entes queridos não estarão mais fisicamente conosco.

Nossos pais, amigos ou até mesmo parceiros amorosos, algum dia, não estarão mais disponíveis para celebrar nossos aniversários ou nos ajudar quando tivermos problemas.


Parte do que torna esse fato problemático é que muitas vezes nós não dissemos tudo o que queremos ou expressamos o que realmente sentimos em relação às pessoas à nossa volta.

Podemos ter dúvidas sobre a nossa educação que nunca questionamos aos nossos pais, ou algum sentimento de mágoa que nunca foi totalmente curado com outras pessoas a quem estimamos. Estar perto de alguém não significa necessariamente que nos entendemos 100% com eles.

É por isso que, muitas vezes, quando perdemos uma pessoa, podemos ter a sensação de que temos problemas pendentes com ela.

Conversar e escrever para os entes queridos que perdemos pode parecer um pouco desequilibrado e até louco, mas, de acordo com os especialistas, como o Dr. Alison Forti, professor assistente da Universidade de Wake Forest, fazer exatamente isso é uma das coisas que mais podem trazer benefícios para aqueles que estão sofrendo a perda de um ente querido.

Segundo o especialista, o segredo seria desfocar a ação de seu componente místico. A importância não está tanto em saber se a pessoa acredita que o falecido pode ouvi-la, mas no fato de dar um meio de extravasar todos esses sentimentos não resolvidos.

Falar  como se a pessoa estivesse ao nosso lado,ou através da escrita de uma carta, nos ajuda a perceber o que sentimos. Colocando em palavras o que nos aflige, podemos percebe-las como algo externo, diferente de nós e, assim, redirecionar melhor os sentimentos. Assim, somos capazes de ver um caminho a seguir.

A eficácia dessa atividade terapêutica não está em se comunicar com alguém vivo ou morto, mas no próprio fato de estar se comunicando.

As pessoas que amamos sempre farão parte de nossas vidas, mesmo depois que não estão mais entre nós.

***

Tradução e adaptação CONTI outra, via UPSOCL.

A Soma de Todos Afetos

Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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