Antes de qualquer coisa, vamos partir de uma verdade: o amor não oferece migalhas. Fato! Então, se é isso que alguém está te oferecendo ou insistindo para que você aceite, esse alguém não te ama, não se importa e não está nem aí para os seus sentimentos. Entendido? Agora vamos aos fatos que comprovem isso.
Não é fácil desconstruir a ideia de que amor não é romance. Amor é sentimento puro, forte e constante. Romance não. Romance é passageiro, intenso e não possui a obrigação de virar amor. O grande problema é que as pessoas confundem os sentimentos e acreditam que “se aceitarem tudo na relação” irão convencer os parceiros a amá-las.
A situação é tão grave que, esse tipo de confusão sobre o amor gera, de um lado, um ser dominante que acredita ser dono do parceiro, fazendo dele refém das próprias vontades e do próprio ego. Do outro, alguém submisso, carente e infeliz que, embora tenha o desejo de se libertar, tem medo de ficar sozinho para sempre.
As pessoas não aceitam migalhas de forma consciente. Na verdade, até chegarem ao ponto de aceitarem “qualquer relacionamento” para não ficarem sozinhas, já foram muito machucadas, traumatizas e humilhadas em relacionamentos anteriores e isso fez delas reféns de relações tóxicas.
A boa notícia é que isso pode mudar e que, o fato de um relacionamento anterior não ter dado certo, não quer dizer que um futuro não dará. Mas, para que isso aconteça, antes, você precisa ordenar as próprias ideias e desenvolver a famosa inteligência emocional.
É preciso entender que estar acompanhado (de forma sadia) é maravilhoso, mas estar só também é. São nos momentos a sós que nos (re) descobrimos como seres independentes e completos, que conhecemos nossa essência e que somos capazes de analisar o que queremos para as nossas vidas. (Atitudes aliás, que não conseguimos ter quando estamos envolvidos em relacionamentos abusivos e tóxicos).
A verdade é que todos nós deveríamos ficar sozinhos de vez em quando para estabelecer um autocontrole e descobrir nossa força pessoal. Na solidão, o indivíduo é capaz de desenvolver uma paz de espírito que, acompanhado, nem sempre é possível, visto os problemas rotineiros que uma relação acarreta.
Por tudo isso, aceite um conselho: aproveite sua solidão para desenvolver o amor próprio. Aprenda a se amar, a se respeitar e a entender que migalhas de atenção não interessam a ninguém
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