Um dia desses, alguém comentou num texto meu: “se acabou o relacionamento, foi porque não tinha amor”. Eu pensei: meu Deus, que pensamento simplista! Como assim, por acaso, o amor tem que suportar tudo? Qual o amor que vai suportar desrespeito, intolerância e, agressões das mais variadas? Que pessoa, em sã consciência, vai tolerar viver uma relação do tipo gangorra, com 1 dia de paz e 8 de angústia?
Uma coisa é fato: nem toda ruptura é por falta de amor, existem muitas pessoas, sangrando por dentro, nesse exato momento. São casais que romperam mesmo se amando absurdamente. Entre eles existiam amor, paixão, afinidades, uma química incrível, muito humor, sonhos, projetos etc. Porém, por algum motivo, eles não conseguiram se manter juntos na condição de casal. Insegurança, ciúmes, possessividade, necessidade de controlar o outro, feridas oriundas de relacionamentos anteriores, baixa autoestima, autossabotagem…são possíveis fatores responsáveis por desfazer tantos vínculos.
Essas pessoas carregarão, pela vida, aquela frustração crônica por terem fracassado numa relação que existia amor intenso e recíproco. Sim, porque uma coisa é você sair de uma relação porque deixou de amar ou porque não se sentia amado(a), outra coisa é você sair da vida de alguém sangrando de amor e tendo a certeza de que ele(a) também está em sofrimento profundo.
O amor exige maturidade e sabedoria para prosperar. O sentimento por si só, não sustenta o relacionamento. As instabilidades, as constantes brigas e, as desconfianças acabam minando o encanto e a motivação do casal. É adoecedor, para qualquer pessoa, aquela incerteza de como vai estar a relação na próxima semana. Esse clima de constante instabilidade acaba desencadeando uma ansiedade crônica nos envolvidos, eles nunca relaxam, nunca podem planejar nada porque a relação não proporciona essa tranquilidade.
Então, chega num ponto em que é necessário fazer uma escolha: permanecer adoecendo ao lado de alguém que não te proporciona paz, ou sair da vida dela, em respeito à sua saúde mental, emocional e física, sim, porque o estresse constante acaba afetando a saúde como um todo.
Triste, né? Mas acontece demais.
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Foto de Ana Francisconi, da Pexels
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