Então chega o dia.
O dia em que todos os dias se espelham.
O dia que muda tudo. Que altera os parâmetros daqui para frente.
Então chega o dia em que as dores viram cicatrizes, em que os amores viram flor. Que a vida vivida circula pelas veias não com pesar, mas com energia.
Chega o dia em que entendemos todos os outros.
Passamos a viver com mais garra, paciência e fé; passamos a viver mais.
Talvez não por mais tempo, afinal, tempo nunca se sabe quanto se tem, mas com mais intensidade. Com mais “momento”.
Perdemos tanta vida tentando descobrir “o que fazer da vida”, que quando “a vida” vem, o tempo já passou. Ele não espera.
E então, chega o dia que não ansiamos, aquele em que não há mais tempo para começos.
Porém, como não sabemos quando será o fim, aproveitar a vida para recomeços e sim, meios, também é necessário; é vital.
Então, chega o dia. Neste dia, vivemos.
Foto de Guillaume Bolduc no Unsplash
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