Há 45 anos, Yacouba Sawadogo sentiu um chamado da terra, percebendo uma mudança climática: “Percebi que as chuvas não eram frequentes nem suficientes para nossas plantações”, disse à agência de notícias EFE.
Durante a década de 1980, um período de seca severa foi experimentado e Sawadogo iniciou sua cruzada regenerando o solo de 40 hectares estéreis do Sahel para transformá-lo em uma floresta exuberante, fazendo uso inovador de técnicas agrícolas nativas.
“Nossos pais pereceram e com eles (estão morrendo) árvores e florestas, nosso know-how e nossa cultura. Um dia, as crianças procurarão em vão árvores como fonte de remédios”, lamentou Sawadogo.
Conhecido desde então como “o homem que parou o deserto”, ele conseguiu seu objetivo graças aos buracos Zaï, que são buracos que retiveram a água durante a chuvosa pré-temporada e assim conseguiram concentrar o composto, além de outros métodos de regeneração natural.
Esta é uma técnica tradicional para restaurar a terra, mas Yacouba colocou sua engenhosidade para preencher os buracos com estrume e outros resíduos biodegradáveis, para fornecer uma fonte de nutrientes para a vida da planta.
O estrume atrai os cupins, que, construindo seus túneis, ajudam a arejar e quebrar a terra muito mais do que o buraco. Graças aos cupins e a Yacouba começou a usar a técnica muito antes do plantio, eles criaram uma rede de túneis longos o suficiente para garantir que a água durasse mais tempo na terra, o que favoreceu o desenvolvimento das plantas.
As árvores que plantaram começaram a crescer e favorecem a umidade do solo. Eles elevaram o nível do lençol freático, baixaram a temperatura do solo com a sombra e ajudaram a regular o clima.
Em pouco tempo, o local tornou-se uma floresta diversificada e hoje tem culturas como alimentos e áreas florestais, que trouxeram de volta animais e pássaros.
Por seu nobre feito, o agricultor burkinabe ganhou o Right Livelihood Award, conhecido como Prêmio Nobel Alternativo.
Artigo publicado no site UPSOCL
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Mais do que merecido o prêmio pelo mérito de YACOUBA, à guisa de incentivo e reconhecimento de todos os terráqueos. Homens como ele já nascem feitos, só precisam se recordar de seus projetos do Pré Natal, quando se comoveram diante da destruição, da secura e da morte dos animais, resolvendo vir ajudar humanos incapazes e desabilitados, rezando para crescerem rápido,se tornarem adultos a fim de serem vistos, ouvidos e acreditados, levando à cabo todos os seus sonhos. Homens como YACOUBA, no mundo, são poucos é verdade, mas fazem a diferença onde aterrissam com seus milagres na terra e/ou no coração das pessoas, deixando o melhor deles, o que já aprenderam antes de nascer, para ensinar fazendo, e aconselhar construindo. Você, YACOUBA, nos faz refletir que, se desertos podem ser recuperados, pessoas inóspitas, indiferentes e hostis também conseguem ser permeáveis à beleza que você plantou e também podem arregaçar as mangas, esfolando joelhos e mãos na tarefa bendita de transformar em pomares e jardins a Terra inteira, copiando de você, o paraíso.