O se soltar é mágico. Nos prendemos à várias coisas em nosso cotidiano. Bens materiais, rotina, cheiros, pessoas e relacionamentos. Com o passar do tempo a gente vai percebendo que em um ou outro momento da vida, fomos escravos de nossos pensamentos e aspirações. Olhamos pro joelho e não vemos marcas dos tombos, mas na alma, sempre ficam algumas cicatrizes.
Comece a praticar o desapego em sua vida e verá como tudo se tornará mais leve. Dê passagem de ida para aquela amizade sem reciprocidade, onde só um liga. Dê tchau pro amor de um só. Pratique amor próprio. Não tenha medo de dizer até mais.
Desapegar é dizer pra se mesmo que tudo está nos trilhos. É não ter medo nem insegurança do que bem demais. Mantenha a calma. Respire. Olhe pra dentro de você com amor e afeto.
Pegue uma mochila. Nada melhor que uma viagem pra sentir novos cheiros e novos ares. Se olhar pra trás, que seja pra se certificar de que sua bússula está no caminho certo.
Com o passar dos anos, aprendemos a valorizar mais as pequenas coisas. Os pequenos gestos que se transformam em grandes momentos. Você irá perceber que suas melhores lembranças foram definidas em momentos sutis. Em um bom papo horas afora. Em um olhar de quietude quando você mais precisava.
Você irá perceber que o pouco pode ser muitos mais do que você achava que era o mais importante. Vivemos aprendendo e com esse aprendizado, vamos invertendo prioridades.
Ao praticar o desapego, você irá se encontrar mais com você mesmo. Uma taça de vinho em sua própria companhia, não lhe trará mais medo da solidão. Pra quem sabe se desapegar, até mesmo a solidão se torna amiga e necessárias.
Viva e faça questão só do que for de verdade, sem precisar ser forçado ou algo do tipo.
Olhe pra frente. Se olhar pra trás, verá que sua melhor versão está bem mais adiante.
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"Olhar os lírios do campo e as aves do céu" parece um bom indicativo para aliviar o coração de inutilidades acumuladas ao longo do tempo, porque as considerávamos úteis. No entanto nos impedem agilidade nos passos e ligeireza nos voos porque nos amarram ao chão que não queremos mais pisar, se acaso estamos interessados no mais e melhor de nós mesmos. Impossível ultrapassar pontes frágeis, carregando a sobrecarga de emoções, mágoas, melindres, dissabores e arrastando o baú de sentimentos que não mais nos representam, mas nos seguem. Desapegar é preciso e será sempre porque na verdade "nada nos pertence: até mesmo o ar que você inspira, você deve soltá-lo".
Oi Sandra,
texto verdadeiro...