Em alguns momentos, podemos nos sentir incapazes de sair de situações que nos causam sofrimento, mesmo que estejamos motivados a livrar-se deles do fardo que nos causam. Neste contexto, é relativamente fácil cair em dependência. É assim que nos aproximamos do fenômeno da borboleta em chamas.
No cenário da dependência, o abandono é apresentado como um dos nossos medos mais profundos e condicionantes. Por causa desse medo, nos tornamos capazes de nos colocar de lado, alimentando situações que são tóxicas. Agora, na maioria dos casos, esse medo está presente no fenômeno da borboleta em chamas.
Mas o que é isso? O que fazer para evitar cair nesse fenômeno? Quais são os benefícios de reconhecê-lo? Vamos começar procurando respostas com uma frase inspiradora:
“Permitir que o fluxo seja capaz de deixar ir, mesmo que nos custe enfrentar o que mais tememos. Então, nós forjamos um caminho para o bem-estar. ”
O fenômeno da borboleta em chamas, o que é isso?
Como sugerido pelo psicólogo e escritor David Solá, quando falamos sobre esse fenômeno nos referimos àqueles comportamentos ziguezagueantes que levam as pessoas a retornarem a situações que lhes causam sofrimento. O retorno é geralmente para relacionamentos passados.
Então, falamos de um fenômeno em que a pessoa retorna repetidamente ao seu relacionamento passado, que produz mais e mais sofrimento, após a rejeição que é reiterada.
Sendo mais concreto, pense naquela pessoa que faz o que for preciso para recuperar o relacionamento com seu ex-parceiro. Ele envia mensagens para ele, faz ligações, compra presentes … enfim, ele faz o que acha necessário para que essa pessoa não o abandone.
Mas por que é chamado o fenômeno da borboleta da chama? É porque a borboleta pode ser fortemente atraída pela luz da chama, mas quanto mais se aproxima, mais sofrimento ela pode causar. Um sofrimento que não impede que a chama seja um estímulo tentador.
Uma provável consequência deste fenômeno é a destruição da auto-estima: é um dos primeiros tecidos que a chama começa a queimar, além de levar à falta de controle emocional e perda do sentido da realidade.
O que fazer para evitar cair nesse fenômeno?
Nós mostramos algumas estratégias para enfrentar o fenômeno da borboleta em chamas. Vejamos:
. Autoconhecimento. Conhecer a nós mesmos nos ajudará a reconhecer esses comportamentos, a entender por que eles podem ser tentadores, apesar de nos prejudicarem e, finalmente, serão o ponto de partida para eliminá-los de nosso repertório de ações.
. Autoestima. Se reconhecermos nosso valor, é mais fácil não exceder os limites que salvaguardam nossa dignidade.
. Adeus à idealização! Às vezes vemos a outra pessoa como um ser perfeito, a vemos melhor do que ela realmente é. Isso nos ajuda a manter o relacionamento com o outro, mesmo que o preço a pagar seja alto.
. A solidão não é ruim. Depende da perspectiva com a qual você assume isso. Aproveite os seus momentos de solidão para pensar em si e realizar as atividades que mais gosta!
. Acabar com o autoengano. Isto é, seja consciente e sincero.
. Olhar abrangente. Tente ter uma perspectiva mais clara da situação, colocando-nos no lugar da outra pessoa.
Lembre-se de que todos têm o direito de estar com quem quiserem. Respeitar a si mesmo passa por respeitar precisamente esse desejo do outro, mesmo quando esse desejo é se afastar de você.
Benefícios de reconhecer o fenômeno da borboleta em chamas
Ao reconhecer o fenômeno da borboleta em chamas, em caso de sofrimento, teremos as seguintes vantagens:
. Deixar nossa vida fluir.
. Nos reconstruir emocionalmente.
. Reconhecer quais são os nossos limites e os da outra pessoa.
. Tentar nos libertar pelo perdão.
. Trabalhar a empatia.
. Começar a encontrar significado em nossas vidas.
Além disso, em seu livro From emotional caos to inner liberation, David Solá nos mostra a importância de trabalhar em nós para reconhecer esse fenômeno, e uma vez feito, construir uma nova direção através da criação de relações mais saudáveis que nos levam a ter uma melhor qualidade de vida.
O fenômeno da borboleta em chamas pode nos pegar às vezes, estar em nossas mãos para escapar de suas redes. Ao mesmo tempo, autoestima, dedicação, limites e autoconhecimento atuam como elementos de proteção contra essa ameaça.
Tradução A Soma de Todos os Afetos, por La Mente es Maravillosa
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Quando permitimos, Deus costuma ajudar nos elevando acima de nossas questiúnculas mentais e psíquicas, para uma visão do alto da montanha, onde problemas e pessoas diminuem de tamanho e abrangemos caminhos que não imaginávamos existir. A visão do conjunto é o que nos salva do foco hipnotizante que nos atrai para a luz fictícia capaz de nos destruir. Horizontes são infinitos quando comparados com a pequenez de dores minúsculas que nos engessam no casulo do qual ansiamos nos libertar, mas nos prendemos mais a ele, sempre que voltamos ao invés de seguir. Um pássaro não é capaz voar da gaiola aberta, porque tem medo de ser livre, por isso se encolhe e chora, diante da manhã radiosa e bela. É preciso partir de nossos ais, sem medo de mudar e ser feliz ou estaremos mortos para sempre, ainda que o túmulo esteja aberto e anjos do bem e da vitória nos estendam a mão para ressuscitar.