Os jogos eletrônicos são a grande diversão das crianças e não é possível evitar que usem dispositivos como o Nintendo Switch, bem como não será possível evitar que, numa determinada idade, usem celulares. Então, o que fazer?
Atualmente existem competições de Nintendo Switch na internet. Sim, é possível jogar contra uma máquina como também contra outros jogadores que não necessariamente estão no Brasil. O poder da internet não tem limites! E consoles como o Nintendo Switch são excelente opções para jogar em casa, no clube ou durante uma viagem.
Muitos pais ficam preocupados com o vício que as crianças têm em relação os jogos eletrônicos. Mas a questão não é esconder o Nintendo Switch ou qualquer outro dispositivo para jogar. Não faz sentido a proibição, como tampouco faz sentido proibir o uso de celulares, porque se os pais dizerem isso com os seus filhos, estes serão discriminados por outras crianças, e, assim, se sentirão marginalizados e até poderiam sofrer bullying!
Por isso, os pais e também os professores devem tomar outra postura: aconselhar e definir quando e onde as crianças poderão jogar. E também, por quanto tempo. Não devemos esquecer que os jogos eletrônicos são jogos, mas que não devem ser a única diversão que a criança pode ter. Ficar o dia todo brincando com jogos eletrônicos é o mesmo que fizar o dia todo jogado na cama lendo livros.
Segundo a medicina –e o senso comum– o melhor para uma criança é brincar com outras crianças em ambientes externos, porque essa é a melhor forma de adquirir habilidades cognitivas, entre elas, as sociais.
Os jogos eletrônicos podem ter um fator de sorte no resultado, mas dependem muito da habilidade de quem estiver jogando. A estratégia é fundamental. E isso é um ponto positivo para desenvolver.
Existem determinadas regras que os pais deveriam ter em conta:
– O dia vai chegando ao fim, o sol desaparece e, então, começa a produção de melatonina no corpo para favorecer o sono. A tela dos jogos eletrônicos possui uma luz azul que modifica o processo. Há, então, duas opções: não jogar a partir dessa hora ou, se não for possível evitar, usar um filtro de luz azul ou colocar o dispositivo em modo descanso, que é um tom laranja e fraco.
– Não devem jogar depois de jantar e antes de ir para a cama, porque o jogo estimula e isso não combina com a necessidade fisiológica de dormir.
– Incentivar as brincadeiras ao ar livre, os esportes, o contato com a natureza. Se isso acontece, o fato de brincar um pouco com jogos eletrônicos não faz mal.
– A Associação Americana de Pediatras recomenda que crianças de 3 a 12 anos brinquem, no máximo, duas horas diárias, mas especialmente nos finais de semana. Passada essa idade, será difícil colocar esse limite e será necessária uma negociação impondo um limite que deverá ser respeitado por todos.
– O ideal para que as crianças entendam e respeitem os limites impostos pelos pais, é estabelecer uma hora antes do inicio do jogo e, quando essa hora estiver por finalizar, avisar para que as crianças acabem o jogo ou guardem o aparelho para continuar no dia seguinte. Não permitir negociação nessa hora!
– Saber escolher o jogo na hora de comprar, de acordo a idade da criança. Todos os jogos eletrônicos têm uma classificação por idades.
É importante destacar que jogos violentos –sempre para crianças a partir dos 14 anos- não vão transformá-las em pessoas violentas. Pelo contrário, ambientes familiares violentos podem levar à criança a procurar ‘ajuda’ nos jogos eletrônicos, porque é uma forma de fugir da situação ao redor.
Mais importante ainda é controlar como e com quem brincam os filhos:
Acontece que muitos jogos são online e, assim, eles terão contato com outros jogadores. Isso é positivo por um lado, pois ajuda a desenvolver estratégias e a ter decisões mais rápidas. Mas por outro lado, eles podem adquirir vícios negativos na linguagem como também poderão iniciar relações além do jogo com pessoas desconhecidas.
Em definitiva, os jogos eletrônicos são a realidade atual, como também os smartphones e os computadores. Todos eles não são prejudiciais por si mesmos, mas se transformam em inimigos se não soubermos usá-los como corresponde. O senso comum indicará como devemos conduzir a relação das crianças com os jogos eletrônicos!
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