Ivonete Rosa

É a forma de sair da relação que traduz o caráter da pessoa. Não a forma de entrar.

Você já se percebeu tentando desvendar a verdadeira personalidade de alguém que você se relacionou? Creio que essa dúvida rouba a paz de muitas pessoas. Isso porque é comum você iniciar um relacionamento com um perfil de pessoa e, ao final, percebe que está com alguém completamente diferente.

Bem, eu não sou especialista nesse assunto, e isso aqui está longe de ser um artigo científico. Eu vou apenas dar o meu pitaco, levando em conta o meu olhar sobre a minha bagagem de vivências relacionadas às decepções amorosas. Vou citar também, vivências de outras pessoas que, de alguma forma, tomei conhecimento. Todos os exemplos são reais.

Sendo bem objetiva, o seu ex não era aquele gentleman cheio da moral e bons costumes que chegou em sua vida, aquilo era um personagem. A identidade real dele é a que o levou  a se envolver com alguém que você considerava sua melhor amiga. Ah, para não deixar dúvidas, ele a engravidou.

Moço, a sua ex não era aquela mulher parceira que parecia disposta a desbravar qualquer dificuldade contigo, aquilo era uma máscara. Ela é aquela que te abandonou quando você perdeu aquele cargo comissionado na empresa e ficou sem grana para bancar as regalias de costume. Ah, e sem o menor constrangimento, ela começou a postar fotos se esbaldando com outro, duas semanas depois de te deixar.

Amiga, o seu ex não é aquele cara gentil, carinhoso, compreensivo e super apoiador daquele seu projeto, foi assim que ele te encantou, né? Ele é aquele homem intolerante, ciumento, possessivo, controlador, manipulador, paranoico e tosco que se apresentou do meio para o fim da relação. O cara que te conquistou por te incentivar tanto nos seus projetos, já não suportava mais te ver realizando o que tanto te fascina. Ah, já ía me esquecendo: ele entrou numa paranoia de querer te afastar de todos os seus amigos, justo você que trabalha no ambiente virtual e precisa interagir. Daí, um dia você cismou de dar uma conferida nas redes sociais dele e quase teve um infarto. O cara era um galanteador de mão cheia, você confirmou isso nas fotos das amigas dele que estavam públicas. Ele não perdoava nem as casadas, caiu na rede era peixe para ele. Que criatura mais falso moralista e hipócrita hein, amiga? Então, esqueça o gentleman do início, ele é esse moço do final da história de vocês.

Então, é basicamente isso, é a forma como a pessoa sai de um relacionamento que traduz a identidade dela. Isso porque ninguém consegue manter uma máscara por muito tempo. No início a pessoa escolhe uma personagem para representar e encantar o outro. Contudo, conforme a relação avança, a cola da máscara vai derretendo até que ela caia, geralmente culminando com o fim da relação.

Não estou generalizando, não estou dizendo que todas as pessoas são mascaradas ao entrarem num relacionamento. Eu quero dizer que é você deve se ater à forma como ela se mostra quando vai se sentindo mais confortável no convívio, aquilo, sim, é a pessoa de verdade.

Pode, sim, acontecer de alguém sair de uma relação sem deixar o ex parceiro com a sensação de ter comprado gato por lebre. Há relações que acabam sem macular a imagem dos envolvidos, o fim se deu porque o sentimento que unia os dois abrandou de uma forma que não motivava mais a continuação do elo. Nesses casos, as pessoas rompem sem ressentimento, e, posteriormente, olham para trás e pensam “não estou mais com fulano(a), mas ele é um excelente homem ou mulher. A gente sente orgulho ao invés de frustração e vergonha.

Ivonete Rosa

Sou uma mulher apaixonada por tudo o que seja relacionado ao universo da literatura, poesia e psicologia. Escrevo por qualquer motivo: amor, tristeza, entusiasmo, tédio etc. A escrita é minha porta voz mais fiel.

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  • Sensacional. Sempre procurei fazer o meu melhor por onde passei. Mas ainda sim, as coisas não caminharam como eu queria. E muito bom ser motivador, amigo e ver as pessoas se realizando deveria ser motivo de inspiração. Mas em todos os relacionamentos que passei, não consegui prosseguir embora a intenção era apenas sorrir por fazer coisas boas para alguém. De fato, também cometemos erros mesmo pensando que tudo está caminhando perfeitamente. Mas o importante é se policiar, porque as coisas boas do início devem ocorrer durante e até o fim.

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