O Papa Francisco teria afirmado a uma vítima de abuso sexual que Deus o havia feito gay e o amava desta forma, assim como ele deveria amar a si mesmo. A afirmação indica um gradual reposicionamento da Igreja Católica, que historicamente condena a homossexualidade.
Juan Carlos Cruz reuniu-se com Francisco em abril deste ano no Vaticano para conversar sobre o abuso que sofreu de um dos mais importantes padres chilenos, Fernando Karadima. O papa havia convidado e outras duas vítimas do padre Karadima para um final de semana de conversas no Vaticano.
À rede americana CNN, Cruz descreveu o que Francisco lhe disse quando conversaram sobre sua sexualidade: “Você sabe, Juan Carlos, isso não importa. Deus te fez assim. Deus ama você assim. O Papa te ama assim e você deve amar a si mesmo e não se preocupar com o que as pessoas dizem”.
Segundo Juan Carlos Cruz, o assunto sobre sua sexualidade teria surgido porque alguns bispos latino-americanos diziam que ele mentira sobre os abusos que sofrera e que era, na verdade, um pervertido.
Procurado para comentar a afirmação de Cruz, o Vaticano afirmou que “normalmente não comenta sobre conversas privadas do Papa”.
Francisco se reuniu com Cruz, James Hamilton e José Andrés Murillo, todos vítimas de abuso de padres chilenos. O padre Karadima foi pelo bispo de Ozono, Juan Barros.
Na sexta-feira (18), 34 bispos chilenos renunciaram a seus cargos, depois de várias conversas com o Pontífice sobre os escândalos de abuso sexual e o acobertamento dos crimes pela Igreja Católica chilena. Francisco precisa ainda aceitar ou rejeitar as renúncias.
Matéria publicada originalmente no portal da Revista Veja
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