O trabalho realizado por cuidadores de pessoas dependentes não é apenas um dos maiores atos de amor, é também de justiça. É uma das ações mais importantes da sociedade, mas também uma das menos reconhecidas por nossas organizações sociais.
Cada um de nós viveu, de alguma forma, aquela dinâmica familiar em que o cuidado do dependente está a cargo de um cuidador principal que assume mais responsabilidades. Logo, a existência do dependente é subordinada àquele contexto privado, duro e sacrificial, onde existe o sentimento de solidão e desconexão com o ambiente.
Ser cuidador significa ser capaz de oferecer uma qualidade de vida adequada à pessoa idosa ou ao doente enquanto se cuida. É necessária muita dedicação e amor para que não ocorra o aumento do sentimento de solidão.
Até hoje, ainda existem grandes deficiências em termos de apoio à dependência e reconhecimento social de cuidadores de pessoas dependentes. Também devemos pensar que o setor de cuidadores não cobre apenas o cuidado de idosos ou casos de demência, temos desde lesões na medula espinhal, pacientes mentais, paralisia cerebral e o grande mas invisível coletivo de doenças raras.
Como já sabemos, grande parte do cuidado com pessoas dependentes ocorre em um ambiente familiar e este cabe a um cuidador principal que passará mais tempo com o paciente, mas devemos também considerar uma pergunta simples… Quem é o responsável por “cuidar do cuidador”?
Cuidadores encontram sua respiração diária em amor, mas às vezes o motor de seu coração não é suficiente quando as forças falham e a solidão aparece…
É importante deixar claro que as pessoas que atendem pode enfrentar situações que, em muitos casos, podem prejudicar sua saúde física e psicológica. No entanto, devido ao amor sincero e absoluta conexão entre o cuidador e dependente, é muito possível uma relutância em abandonar ou fazer uma pausa no cargo, compartilhar responsabilidades ou cuidar de si mesmo. Tudo isso resume o que seria a ” síndrome do cuidador “.
Oferecemos algumas estratégias que podem ser úteis nesses casos.
Nem todo mundo nasce com a vocação de “ser cuidador”, o mais provável é que seja a própria vida que nos coloca nessa situação. Assim, o primeiro passo será receber conselhos e informações adequadas sobre a doença que o dependente sofre, de que cuidados eles precisam e como realizá-los.
Os cuidadores anônimos que vivem hoje na privacidade de seus lares realizam uma tarefa imensa em nossa sociedade que nem sempre é reconhecida pelas instituições. No entanto, é algo que as famílias valorizam, algo que nos enobrece como pessoas e que nos ensina que cuidar é amar e valorizar o outro como parte de si mesmo.
Tradução feita por A Soma de Todos os Afetos, via La Mentes es maravilhosa
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