Aqueles que tiveram que enfrentar a morte de um ente querido, podem entender o sentimento de vazio, as forças esgotadas e dores que a ausência física de alguém traz.
Não ser capaz de sentir mais a sua presença, seus abraços, não ser capaz de ver seu sorriso, não ser capaz de ouvir sua voz, muitas vezes nos enche de impotência diante do que definitivamente não podemos mudar. A morte é a única coisa certa, mas para a qual muito poucos têm uma recepção adequada.
Nós resistimos, nós choramos, ficamos cheios de raiva e, finalmente, após cada uma das fases do nosso luto, podemos acabar aceitando que esse ser especial não está mais conosco. Mas para nossa sorte, em algum momento podemos perceber que não podemos abraçar esse ser especial, mas que de alguma forma ele está mais perto de nós do que antes, porque está dentro de nós.
O lugar que eles ocupam em nossos corações ainda é deles, eles vivem através de nós, eles se manifestam sempre que nos lembramos deles, toda vez que pensamos neles, a presença deles parece nos invadir, ouvimos suas vozes em nossas mentes e quase podemos imaginar o discurso que eles usariam para alguma situação particular … Eles definitivamente não estão mais entre nós, mas estão em nós.
A energia do amor não é quebrada pela presença ou ausência das pessoas, o amor permanece, mesmo além do que conhecemos como vida. Há mesmo aqueles que pensam que as pessoas que amamos, que partem antes de nós, especialmente quando mais precisamos, fazem uma pausa em seu novo modo de evolução, para se fazerem sentir, para nos mostrar que não há planos separando o verdadeiro amor e para nos dar esperança de que além do que acontece aqui, sempre voltaremos a uma fonte comum, que não nos permite desconectar, que nos faz sentir e nos amar apesar das distâncias.
É justamente o amor que mantém vivos aqueles que partem, em cada batida do coração que ocorre enquanto pensamos neles, em cada semente que eles plantaram nos que compartilharam com eles, através desses traços é que certamente se tornaram importantes para alguém.
Recordar de nossos entes queridos a partir de uma lembrança positiva, suaviza a dor da ausência, recordar dos momentos felizes, pedir perdão, perdoar e remover a dor e o que não foi feito tão bem quanto gostaríamos, nos dá paz e nos permite receber esse toque de vida dentro de nós que nos torna ainda maiores, nos enche um pouco com a bondade daquele ser que amamos e que viverá em nós para sempre.
Por: Sara Espejo – Canto do Tibete, traduzido por Revista Pazes
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