Eu tenho um problema sério com sorriso, desde bem pequena. Sei lá… Parece que nasci som uma antena parabólica para captar falsas intenções ou maldades mal disfarçadas. Não que isso tenha me servido de alguma ajuda para escapar de ciladas… Quem me dera!
Só tenho a antena mesmo! Já o sistema operacional de defesa contra trastes… Virgimaria! Esse nasceu com sérias avarias. Explico: eu bato o olho na pessoa e logo acende aqui dentro uma alerta daqueles impossíveis de serem ignorados, sabe? Tipo aqueles daquela empresa que grita “Este veículo está sendo roubado”!
Vai daí que o alarme soa, eu escuto bem escutadinho e faço o quê, senhoras e senhores? Ignoro! E por quê ignoro? Vai saber…
Cismo de dar mais uma chance para a criatura, e mais uma, mais uma… Até que, né… Me toco de que daquele mato não vai sair nem um coelhinho vivo e dou linha na pipa. Tomo distância e trato de manter a distância. Nem que eu tenha de abrir mão de outras convivências, de frequentar lugares ou mesmo ganhar dinheiro. Fico longe e pronto!
E posso dizer que a distância é o melhor remédio e também o melhor antídoto para curar mordida de gente falsa. A proximidade não é recomendada em nenhuma instância, porque sinto informar: QUEM NASCE FALSO, MORRE FALSO! Essa gente é igual escorpião, não consegue fugir nem disfarçar a sua natureza.
É por isso que eu acho que se a pessoa é falsa – e quem é falso sabe que é, não me venha com choramingos -, a pessoa falsa deveria evitar ao máximo sorrir. Ora, ora… sorriso é uma coisa legítima, inteira, orgânica; não dá pra sorrir com a boca só, tem que sorrir com o corpo e a alma inteiros. Senão fica “fake”!
Então, meu estimado leitor, se você anda com dificuldades para identificar as Falsyanes e os Falsyanos, bote reparo no sorriso! Gente falsa fica mais feia quando sorri! Pode reparar! E detectando o valioso sinal de “cuidado comigo”, fuja! Fuja correndo e não olhe para trás!
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