Porque ao contrário de todos os prognósticos sobre o amor e sobre a importância de não ficar só, eu descobri que respeitar a minha solitude tem um importante impacto na minha felicidade. Eu consigo e posso ser feliz sem ter ninguém comigo para dividir a vida, e essa é uma verdade que não me dói mais.
Com o tempo e com os amores, mesmo que sem querer, a gente esquece que estar só não é a pior coisa do mundo. Que não significa que a gente não preste para o amor ou até que a gente não queira ter um sentimento a dois. Na verdade, nada mais faria tanto sentido quanto ter a sorte e a sintonia de cruzar a mesma superfície emocional de alguém que combina e, principalmente, entenda os nossos lados. Só que a gente sabe que nem sempre é assim, do jeito ou do amor que a gente quer viver, quer se espelhar.
Logo, em vez da gente sofrer ao ficar procurando respostas para infinitas perguntas, por que não simplesmente ir sendo feliz? Assim, sem companhia e ligação maior com alguém. Talvez o compromisso de estar só em busca de uma genuína felicidade atraia um amor que resolva repousar, mas, se não for o caso, pelo menos a gente vai agregando e se permitindo novas oportunidades para amadurecer emocionalmente e espiritualmente.
Se puder, viaje. Se der vontade, vá ao cinema consigo. Se quiser sair para beber alguma coisa, escolha o lugar e divirta-se. Se a música está boa, cante descaradamente. Se for engraçado, deixe o seu sorriso ser a assinatura de quem você é por dentro. Se a pedida do dia for ficar na cama, fique. Se passar os olhos naquele livro empoeirado que você nem sabia que tinha mais, dê uma nova chance para ele. Se tiver um sexo bom, repita-o. Se conhecer alguém que não representa algo de você, nunca mais encontre.
A vida, a sua vida deve e merece ser uma extensa impressão da felicidade. Se chegar uma boa companhia para dividi-la contigo, aproveite. Mas se não, continue em movimento por você e para você.
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