Todo mundo lembra do começo… Todo mundo lembra do primeiro beijo. Do primeiro riso. Da primeira briga. Mas você se lembra da despedida? Eu tive algumas. Uma está até eternizada em livro, outras não gosto nem de lembrar.
Escrever um livro, não foi tão difícil. Difícil foi dar adeus. Foi ter abraçado sem saber que seria a última vez. Foi ter feito amor sem saber que seria o último dia juntos.
Demora. Leva tempo pra se ajeitar as coisas. É uma luta interna. Acordar sem saber como passar o dia. Ir trabalhar e deixar a cabeça em outro lugar.
É glorioso admitir o erro. Confessar acertos. Saber o que quer e aonde quer chegar, mas algo que eu nunca soube, foi me despedir.
Antes de te conhecer, as despedidas não eram tão difíceis. Confesso que até sentia um alívio. Algumas pessoas e situações, nos sufocam ao invés de fazer bem.
Você não foi feita pra mim. Nem eu pra você. É fato que nosso depois, não iria chegar. Era certeza que nossa trilha, não iria ser desbravada.
Vou bom cuidar de você. Foi bom te ver ser você mesma, mesmo que eu saiba o quanto isso te faz mal, e no fundo, você sabe que isso é pura verdade.
Foi um aprendizado te ver querer ser dona de si, quando você nem sabia ao certo onde está.
Me comoveu te ver falar coisas tão íntimas, tão suas, e não ver você mover uma palha pra mudar isso.
Eu levantaria de novo às 4 da manhã pra te fazer chá de mel com hortelã pra tosse e te ouvir dizer um milhão de vezes “desculpas por atrapalhar teu sono”.
Eu pagaria de novo pra ver você insistir na viagem que eu quis cancelar por causa de sua pneumonia. Sim! Por isso o chá.
Você não quis pedir pra eu descer do carro (e confesso que eu sabia que pra você, seria pedir demais) e eu não quis descer.
Antes de sair da sua cidade eu chutei: “Ela vai me perguntar porque eu não desci antes de eu entrar na rodovia”. Foi o que aconteceu. Printei e guardo até hoje só pra eu lembrar o quanto você é previsível. Tudo isso me fez ir adiante. O improvável.
A última vez que te vi, eu te falei que a vida era tua é que você faria o que quisesse dela.
Você chorou do meu lado dentro do carro. Coisas suas. Nós dois. Respiramos. Calmaria. Você se recompõe. De repente, debruço a cabeça sobre o volante. Quando percebo, as lágrimas só caem. Não entendo. Me assusto. 10 meses pra sentir algo de novo. E por alguém que de verdade não sabia se valia a pena. Você pergunta “o que foi, babe?”. Eu digo “nada”. Por dentro, eu sorria. Sorria por sentir de novo.
Chega a hora. Descemos do carro. Frio de 11 graus. Seu ônibus estaciona. Pergunto se quer levar suas sandálias que haviam ficado na minha casa na primeira vez que se aninhou no peito. Você diz que não. Me engasgo quando abrem o bagageiro. Sua mala é despachada. Eu te olho. Feito menino. Você me olha. Olhar de menina. Me abraça. Te abraço. Silêncio. Peito no peito. Sentimento real.
Você diz “vou indo”. Eu digo “fique bem”. Só irá ficar sabendo neste texto algo que eu já sabia…Talvez por isso, as lágrimas. Eu sabia que era nossa última vez juntos.
Acredite. Tive várias despedidas. Acredite no que vou dizer agora: Você foi minha despedida mais bonita!
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