Algumas pessoas acreditam que, se uma pessoa não está em um relacionamento, ela deve ser solitária e infeliz. Como resultado desse cenário de indução de medo, as pessoas podem se apressar em relacionamentos que não são os mais adequados e não lhes trazem alegria. Há também um corpo de pesquisa que se concentra no “solteirismo”, um termo que descreve um sentimento antisolteiro. O solteirismo pode resultar em “adultos solteiros na sociedade contemporânea [sendo] alvos de estereótipos, preconceitos e discriminação…” (DePaulo & Morris, 2005, p. 57). Portanto, não apenas as pessoas se preocupam em ser solteiras, mas aquelas que são solteiras são julgadas por isso.
Pesquisas mostram que as pessoas se contentam com menos em um relacionamento por medo de ficarem solteiras (Spielmann, MacDonald, Maxwell, Joel, Peragine, Muise e Impett, 2013). No estudo de Spielmann e outros (2013), eles definiram o medo de ser solteiro como
“…preocupação, ansiedade ou angústia em relação à experiência atual ou prospectiva de estar sem um parceiro romântico” (p. 1049).
Essa angústia pode ser experimentada por aqueles que não estão em relacionamentos e aqueles que estão atualmente em um, mas se preocupam com sua estabilidade ou questionam sua longevidade. Embora a maioria das pesquisas tenha focado essa ansiedade em mulheres, os autores observam que homens e mulheres podem sentir desconforto quando se trata de estar solteiro, porque ambos os sexos têm uma necessidade intrínseca de encontrar e manter relacionamentos íntimos (Spielmann et al., 2013).
Os pesquisadores realizaram uma série de estudos, através dos quais desenvolveram a Escala de Medo de Ser Solteiro.
No geral, eles descobriram que os indivíduos com medos mais fortes tinham maior probabilidade de reduzir seus padrões, tanto em seus relacionamentos atuais quanto ao selecionar novos parceiros.
Além disso, as pontuações mais altas em sua escala “…predisseram maior dependência em relacionamentos menos satisfatórios” (Spielmann et al., 2013, p. 1068).
Quanto mais medo uma pessoa tinha, menos provável seria que terminasse um relacionamento em que estava, mesmo quando não estivava satisfeita. Pessoas com medo de serem solteiras se contentam com menos, e isso pode perpetuar ainda mais a ideia de que ser solteiro leva à infelicidade.
Pessoas que temem estar sozinhas podem ficar em relacionamentos insatisfatórios ou podem rapidamente se apressar em relacionamentos que não são ideais. Em essência, as pessoas podem se concentrar mais em seu status de relacionamento do que o próprio relacionamento, o que é muito problemático.
É importante estar ciente de qualquer ansiedade que você tenha em torno de ser solteiro ou a possibilidade de terminar um relacionamento. Você também deve entender que a pressão para estar em um relacionamento pode ter consequências negativas, como se contentar com menos (Spielman et al., 2013).
Ser solteiro não é necessariamente negativo. De fato, há muitos benefícios em ser solteiro. Muitos solteiros experimentam mais autonomia e crescimento pessoal do que aqueles que são casados (Marks & Lambert, 1998). Além disso, ser solteiro permite que uma pessoa passe mais tempo mantendo conexões próximas com outras pessoas. A pesquisa mostrou que os solteiros mantêm maior contato com seus amigos, vizinhos, irmãos e pais do que seus pares casados (Sarkisian & Gerstel, 2016). Portanto, aqueles que são solteiros se beneficiam da satisfação de relacionamentos consigo mesmos e com os outros.
Lembre-se de que não há nada errado em ser solteiro. Não se compare com os outros nos relacionamentos. Em vez disso, valorize os relacionamentos significativos que você tem em sua vida.
Referências
DePaulo, B. M., & Morris, W. L. (2005). Singles in society and in science. Psychological Inquiry, 16(2-3), 57-83.
Marks, N. F., & Lambert, J. D. (1998). Marital status continuity and change among young and midlife adults: Longitudinal effects on psychological well-being. Journal of Family Issues, 19(6), 652-686.
Sarkisian, N., & Gerstel, N. (2016). Does singlehood isolate or integrate? Examining the link between marital status and ties to kin, friends, and neighbors. Journal of Social and Personal Relationships, 33(3), 361-384.
Spielmann, S. S., MacDonald, G., Maxwell, J. A., Joel, S., Peragine, D., Muise, A., & Impett, E. A. (2013). Settling for less out of fear of being single. Journal of Personality and Social Psychology, 105(6), 1049-1073.
Tradução CONTI outra. Do original Fear of Being Single, de Marisa T. Cohen Ph.D.
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