Talvez você não leia esse texto até o fim. Talvez ele nunca chegue até você. Mas, de toda forma, aqui estou: escrevendo. Eu demorei pra entender a despedida porque para ser bem sincera eu nunca fui fã delas. Assim, acho que ninguém é fã de “adeus”, mas tem gente que aceita melhor, supera mais rápido, segue logo em frente. Eu não. Partidas sempre me partiram demais. E eu demoro pra juntar os pedaços. Só que com o tempo eu aprendi a não ter medo de me sentir destruída, afinal, toda reforma, toda reconstrução, passa primeiro pela fase de destruição.
Eu aprendi a me deixar sentir destruída antes de sentir o “adeus”. Se é o jeito certo? Não sei, mas funciona pra mim. De um jeito meio torto, mas funciona. Eu queria que você soubesse que se eu insisti tanto é porque você é incrível e eu vi coisas em você que nem você mesmo enxerga, e porque não quer. Tem tanta coisa que você não quer, né?! E eu nunca descobri uma que você queira. Mas eu descobri um coração gigante, apesar de assustado. Eu descobri uma leveza (que quando não era leviana) era de se admirar. Eu descobri caminhos entre nós, semelhanças, arrepios. Eu descobri sua voz ao acordar e o jeito fácil de dormir.
Dizer “adeus” pra isso e tudo mais que não escrevo porque só cabe a nós? Cara, dói pra c@cet#. Eu não espero que você entenda. Na verdade, espero que nunca precise entender o quanto dói porque eu só te quero bem. É… Eu quero. Eu sei bem as coisas que eu quero e o seu bem é uma delas, apesar de todo o mal que nos causamos. Será que esse texto chegou aí? Será que leu até aqui? Porque esse texto é pra você que escolheu entrar na minha vida, mas escolheu sair dela também.
E eu amei o dia que eu te conheci com a mesma intensidade que detestei o dia do fim. Eu nunca soube lidar com finais. De filmes, de séries, de livros (talvez por isso eu os repita tanto). Mas, não dá pra repetir na vida, não dá pra repetir uma história onde não existe mais enredo, nem personagem. Só tem um amontoado de sentimentos de tudo o que eu desejava existir nos próximos capítulos. Me arrancaram o papel, me arrancaram a caneta. Você me arrancou.
Eu sobrei com o fim sem ter escrito sequer o começo. Dizer “adeus” assim, logo? Não dava. Fiquei em pequenos pedaços, aos prantos, nos cantos, menos da metade de mim. Ainda dói, sabe?! Em cada pedacinho que eu junto, eu lembro do porquê de ter quebrado. Mas a verdade é que eu tô escrevendo esse texto todo pra te dizer: tô me despedindo de você.
Assim, aos pouquinhos, do jeito que posso, da forma que consigo, no meu tempo. E eu sei que vou ser inteira de novo. Já passei por grandes reformas antes. Mas se tem uma coisa que elas me ensinaram é que (sempre) fica algo antigo pra lembra a gente do novo. E de você? De você eu vou cuidar pra que fique o melhor. Porque eu sou assim: quanto mais me partem, mais amor espalho.
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Exatamente o meu caso.
Exatamente isso, desde pequeno, por toda a vida.
Felizmente, crescemos e aprendemos a lidar.
Hoje, estou mais preparado que nunca, espero o mínimo; não por cinismo e proteção, mas por conhecimento de que poucos de fato prezam sentimentos e que raríssimos são os que tem capacidade de se doar verdadeiramente como eu.