REFLEXÕES

Antes que seja tarde: uma carta que nos convida a refletir

Antes que seja tarde, fique atento a tudo que te faz feliz; antes que seja tarde, valorize cada pequena coisa, cada pequeno gesto, cada momento.

Passamos a metade das nossas vidas imaginando que temos todo o tempo do mundo pela frente. Acreditamos que somos imortais e temos a coragem de deixar para outro dia o que é importante e não urgente. Isso não funciona assim, o tempo continua passando; mesmo que você não queira estar consciente, ele permite que você valorize e viva o que tem, aqui e agora.

A última carta vencedora do III Concurso de Cartas de Amor em Toledo, na Espanha, fala dessa experiência de não esperar que seja tarde demais. De não desperdiçar o tempo que temos agora em nossas mãos e saber valorizar e agradecer antes que o tempo nos capture e roube a nossa memória. Talvez amanhã já seja tarde, talvez amanhã você não esteja mais aqui…

Antes que seja tarde…

“Eu escrevo agora, enquanto você dorme, caso amanhã não seja eu quem amanheça ao seu lado. Nestas viagens de ida e volta, cada vez passo mais tempo do outro lado, e em uma delas, quem sabe? Temo que já não haverá retorno.

Caso amanhã eu não seja capaz de entender o que está acontecendo comigo, caso amanhã não possa lhe dizer o quanto o admiro e valorizo a ​​sua integridade, este seu esforço de estar ao meu lado, tentando me fazer feliz apesar de tudo, como sempre.

Caso amanhã eu não esteja consciente do que você faz quando coloca bilhetes em cada porta para que eu não confunda a cozinha com o banheiro; quando você nos faz rir depois de colocar os meus sapatos sem meias; quando você insiste em manter a conversa viva, embora eu me perca em cada sentença. Quando você se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido o nome de um dos nossos netos; quando você responde com ternura às explosões de raiva que me assaltam de vez em quando, como se algo dentro de mim se rebelasse contra esse destino que me prende.

Por essas e por tantas outras coisas. Talvez amanhã eu não me lembre do seu nome ou do meu.

Talvez amanhã eu não possa mais lhe agradecer. Talvez amanhã eu não seja capaz de lhe dizer, mesmo que seja pela última vez, que eu te amo”.

Alzheimer e esquecimento: não permita que seja tarde demais

A carta mostra o medo de alguém de se perder no esquecimento, de desaparecer mesmo estando presente. Perder a memória nos faz esquecer quem somos e quem são os que nos rodeiam. Perdemos a essência de sermos o que éramos, mas, além disso, o Alzheimer recai sobre todos os que caminham ao nosso lado.

O esquecimento talvez seja o nosso pior inimigo, pois somos feitos de memórias. Somos experiências, somos o fruto daquilo que trazemos do passado, de toda a nossa vida, por mais curta que ela seja. Quando perdemos isso, começamos a deixar de existir. Portanto, não espere que seja tarde, não deixe o mais importante para o final, não deixe de dizer o quanto você ama quem está ao seu lado, não desperdice o tempo, os segundos que você passa com eles.

O que podemos fazer então? Como podemos lutar contra aquilo que nos persegue e que parece estar cada vez mais próximo a cada ano que passa? Não há receita mágica para evitar o esquecimento, mas há dicas para reduzir as possibilidades: permanecer ativo, não fumar, ter uma alimentação saudável, dedicar-se a novas tarefas que forcem o seu cérebro a pensar e descobrir novos caminhos.

Aprenda coisas novas, conheça novas pessoas que lhe mostrem novas formas de pensar e, acima de tudo, valorize cada segundo da sua vida. Agradeça por ter o que você tem, embora pareça pouco, porque infelizmente chegará o dia em que você não estará mais aqui e não terá a oportunidade de fazê-lo. Antes que seja tarde demais, comece a se lembrar hoje.

Antes que seja tarde demais, abra os seus olhos para o presente, leve o seu coração para passear e valorize tudo que você tem.

“É preciso estar atento aos detalhes. Eles preenchem a nossa vida com pedrinhas que nos guiam”.
-Katherine Pancol-

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

A Soma de Todos Afetos

Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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