Eu vi o verdadeiro amor em um casamento ao ar livre, decorado com flores silvestres com vista para as montanhas. A noiva, com seu vestido de renda e uma rosa branca nos cabelos, entrou sorrindo com olhar fixo para o noivo. O rapaz, igualmente feliz, a recebia com os olhos úmidos.
Disseram o sim, trocaram as alianças e se beijaram ao som de Singular. Na saída do casal, a noiva cruzou o olhar com uma moça. Ambas se olharam profundamente e com sorrisos que exibiam todos os dentes.
Quando os noivos receberam os cumprimentos, essa mesma moça de sorriso largo, abraçou a noiva longamente e ambas choraram de emoção. O abraço apertado foi compartilhado com o marido.
Percebendo a afetividade da cena, alguns perguntaram:
_Elas são irmãs?
_Não. Ela é a amiga de infância da noiva.
E foi quando eu percebi que havia visto o amor verdadeiro.
O amor certificado pelos anos, (por quê não?!), mas o amor altruísta de quem trilha conosco a longa caminhada da vida, seja no primeiro dia de aula ou no velório do pai querido.
O amor dos noivos, extremamente sincero, se fortalecia na amizade de infância da esposa, que encontrava na velha amiga o apoio fraterno, o silêncio consolador, o toque de “acorda!” …
O sentimento nobre multiplicado nas pequenezas do dia a dia. O amor de duas amigas, no dia do casamento feliz de uma delas.
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