Viver é essa agonia entre o que temos e o que queríamos ter. Entre o amor que recebemos e o que achamos que merecemos. Entre ter e ser. Entre buscar e realmente encontrar.
Viver é esse equilíbrio entre realidade e expectativa. Entre o que temos e o que queremos. Entre o trabalho demorado e o resultado rápido. É o eterno morde e assopra, puxa e empurra, amarra e solta. É um andar na corda bamba seguido de um firme solo a caminhar.
Viver é ter momentos de alegria e tristeza. É encontrar amigos e inimigos. Às vezes, amigos que se tornam inimigos. É saber identificar o que e quem faz bem, mesmo que só se consiga perceber isso depois.
É sofrer, chorar, se descabelar, e também sofrer, por não quer que algo termine. É chorar, de tanta felicidade. Se descabelar de tanto dançar de alegria.
São ilimitadas as chances, oportunidades e opções para ser feliz. E também para ser triste. Por isso às vezes não escolhemos nada. Ficamos parados na bolha da segurança do conhecido.
Viver é continuar em linha reta, no pretensamente seguro, até que a vida venha e nos jogue para fora da estrada. Ou é seguir em zigue-zague, num vai e vem interminável. Afinal, não importa o caminho, o destino será o mesmo para todos. Então, realmente, o que importa é a caminhada.
Viver é isso. Os momentos de chuva e de sol. As certezas e incertezas. A alegria e tristeza. Viver é ser tudo e nada. É contemplar o horizonte e dizer: estou aqui.
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