Eu te vejo até onde não te procuro. Esses dias peguei um voo para São Paulo e meu assento era o número 08. Ele te diz algo? Não bastasse o número, a letra também não foi discreta ao me lembrar de você.
Outro dia, estava andando por aí, fui atravessar a rua e, antes que eu a atravessasse, um carro, igual a aquele que você tinha, passou por mim. Logo, imaginei você ali. Isso acontece muito, sabe?! Muito mesmo. Não vou nem falar em quantos sorrisos, eu queria estar vendo o seu, ou nas risadas que eu escuto e penso o quanto me lembra a sua. Só lembra. Nunca é. Nunca mais foi.
Eu ando por aí de cabeça erguida, coração tranquilo, gritando a quatro ventos que já te esqueci, já superei. Aí, parece que para me provar o contrário, mostrar que eu estou errada, o destino vem e coloca algo que significava muito para nós dois para eu enxergar sozinha. Basta isso para todo um filme começar a se passar na minha cabeça. É isso, sabe?!
Eu vivo dizendo que te esqueci, mas basta eu sentar na poltrona 8F que passo a viagem toda pensando por onde você está.
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