– Eu te amo, sempre.
– Até mais.
Pode ser um jeito de dizer que se ama mais ainda o outro. Pode ser uma maneira de se despedir por não amar de volta, cortar logo todos os laços para que não corra o perigo de haver nós. Muita gente teme o “nós”, sabe?! Por não ter paciência para lidar com os apertos e por não ter jeito para saber afrouxar quando a situação pede.
Mas, olha, de verdade, é melhor a despedida ser ríspida do que a permanência inventada. Digo “inventada” porque o que fica da pessoa quando ela não quer estar ali, mas não tem coragem de dizer, é apenas uma projeção dela. Entende?
“Eu te amo, sempre”. “Até mais”. Pode ser uma forma bonita de se responder a um “eu te amo”. Pode ser uma maneira dolorida de se ouvir um adeus. Cada coração sabe o que sente, e, sabendo o que sente, decide como interpretar.
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