Quando crianças, imaginamos um futuro grandioso para nós. Queremos ser médicos, professores, bailarinas, bombeiros, super herois da vida real, que por onde passam encantam. Que espalham amor, cura e conforto. Queremos ser aqueles que idolatramos. Queremos transformar o mundo, e ser felizes no processo.
Com a idade, continuamos com essa intenção e vamos planejando cada passo para que logo tudo se realize. Na adolescência, muitas vezes já sabemos a idade com a qual pretendemos nos formar, casar, quantos filhos queremos ter e todos os países que queremos visitar.
Então chega a idade adulta. E nada disso acontece. Não como da forma planejada, ao menos.
Estamos frustrados com nossa profissão, o amor de nossa vida se revelou um estranho, não conhecemos nem metade dos lugares que pretendíamos, e logo chega a frustração. A tristeza. A depressão. O desânimo. Logo chega aquela sensação de fim, antes mesmo do começo.
Hoje em dia é cada vez mais comum se deparar com jovens, entre os 25 e 35 anos completamente perdidos. Cito essa média de idade, pois é com a qual mais me relaciono. Contudo, não me surpreendo se em uma análise mais apurada forem constatadas que pessoas de todas as idades também se consideram “perdidas”.
Escrevi esses dias que é preciso se perder para se encontrar, e já li isso em vários lugares. Eu mesma, que tinha tudo tão certo e planejado aos vinte, agora aos trinta não tenho mais certeza de nada.
O que aconteceu?
A vida. As expectativas. As pessoas. As oportunidades. Os caminhos. Podemos planejar, mas cumprir é outra conversa. Nem tudo sai como o esperado. Que bom!
Temos tanto medo de nos perder, de “perder o chão”, de nos encontrarmos em uma rota desconhecida que paralisamos diante das opções. Não escolhemos. Sim, não escolher é uma escolha, mas a pior delas.
O que fazer nessa situação? Primeiro eu tento aceitar. Ficar lutando com os fatos não irá alterá-los. O que foi, foi, inclusive expectativas frustradas, amores fracassados, amizades perdidas.
Imagine um grande rio em sua vida. Agora, deixe-o lavar e levar tudo o que passou, que não foi bom ou até foi, mas não mais pertence a você, a sua realidade.
Depois, calma. É hora de começar de novo. Não será rápido, nem fácil, mas não se culpe. Não se repreenda. Escute seu coração. Feche os olhos, pergunte-se: como estou me sentindo? E se permita sentir. Triste, frustrado, desanimado. Deixe o sentimento vir. Sufoca-lo não o fará ir embora.
E então, aos poucos, escute sua voz, sua própria voz, lá no fundo, dizendo o que você gosta de fazer. Onde você gostaria de estar? Fazendo o quê? Com quem você se sente bem? Procure isto. São pequenos indícios de que você está no caminho certo, no caminho do seu coração.
Não é preciso saber de tudo, resolver tudo. Pessoas ativas, que querem ter a vida “sob controle”, sempre terão muitas dúvidas. O que não se pode fazer é deixar dominar por elas. Vá vivendo, sentindo o momento, as pessoas. Busque aquela centelha que acende seu coração.
Busque pelo fogo que o faz acordar de manhã, busque por aquela pessoa, ou aquelas, que te fazem sentir bem consigo mesmo. Peça ajuda, um conselho.
Acima de tudo, esteja aberto aos sinais. Ao brilho no olho, ao frio na barriga. Apaixone-se. Não só por alguém, mas por sua própria vida.
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