O atrevimento sempre tem algo de otimista. Ousar é fazer parte da resistência formada pelos seres extraordinários, que conseguem construir e avançar. Não se atrever, ao contrário, pode levar a uma vida medíocre, como em um ensaio eterno que nunca chega ao momento da estreia.
Ousar implica perder o equilíbrio. Para isso, temos que ter a coragem e a decisão de sair em busca do que queremos, mesmo sabendo de antemão que existe uma dose de risco, temor e insegurança. Se não fizermos isso, atrairemos o perigo de nos perdermos ou de nunca encontrarmos a nós mesmos. O medo sempre está disposto a ver as coisas bem pior do que elas realmente são, a modificar o nosso olhar dessa maneira.
Tudo que queremos conseguir está fora, porque o que já levamos dentro nos pertence. Temos que nos lançar, só assim não perderemos as coisas boas da vida. Todo mundo pode fazer isso, mas nem todos têm a coragem para tentar. Cedo ou tarde nos transformamos nos nossos pensamentos.
“Só aqueles que se arriscam a ir muito longe podem descobrir até onde podem chegar”.
– T.S. Eliot –
Em muitas ocasiões, é apenas uma questão de ousar
Se você deixar que o medo tome o controle, ele não hesitará em transformá-lo em seu escravo. Ele faz isso de uma maneira tão sigilosa que, quando você perceber, já é prisioneiro. A chave desse cadeado, em muitas ocasiões, passa por se armar de valentia, de ousadia, de fé em si mesmo e nas suas possibilidades. Pense que você não pode nadar rumo a novos horizontes se não tiver a coragem de perder a praia de vista.
Todos nós, ao menos uma vez, nos encontramos na encruzilhada de ter que decidir se nos atiramos, arriscando tudo, ou se nos sentamos para ver a passagem dos vencedores. Nós já sentimos esse medo, mas ao mesmo tempo, a vontade de colocar a mão na massa, vencer as dificuldades e desfrutar do processo.
Todo processo acontece porque as pessoas se atrevem a ser diferentes. Pense nos veículos autopropulsionados do século XVIII. Ninguém, com exceção do seu criador, Nicolas-Joseph Cugnot, acreditava na ilusão que só ele se atreveu a materializar. Lembre-se de quantas coisas pareciam uma loucura até se converterem em realidade, e pense se não poderíamos ter participado ou criado algumas delas.
Se nós ficarmos no prólogo das nossas vidas, dificilmente vamos saber, porque a maioria das respostas só são encontradas na ação. Já disse Robert Lee Frost, poeta americano considerado um dos fundadores da poesia moderna: “Em duas palavras posso resumir o quanto aprendi sobre a vida: siga adiante”.
“Se uma ideia, em sua origem, não parece uma verdadeira loucura, ela não vale a pena”.
– Albert Einstein –
A motivação é quando os seus sonhos vestem o uniforme de trabalho
Fernandez Abascal, professor de psicologia e especialista em motivação, diz que a motivação explica, em grande parte, como e por que alguém inicia uma conduta e não outra. Os pesquisadores concordam que a motivação é um conceito que ativa, dirige e mantém o comportamento.
A maioria dos gênios não necessariamente pensam que o são, nem agem com essa motivação ou esperam que os outros os considerem dessa forma, só fazem isso porque estão motivados a fazê-lo. Os estudos dizem que as pessoas que não conseguem alcançar seus objetivos, em geral, se caracterizam por uma fraca disciplina e por renunciar muito rápido a aquilo que elas se propõem. É verdade que, em muitos casos, a dificuldade nos aconselha a ter mais prudência, mas não é menos certo que, em muitos casos, a falta de fé consiste na verdadeira dificuldade.
A vida é uma aventura ousada ou não é. A segurança é, principalmente, uma superstição, ela não existe na natureza. A motivação ou a falta dela nos deixa entrever as causas que desencadeiam o nosso comportamento, e tenta dar respostas ao porquê de nossas ações. Assim, apesar de ousar significar perder momentaneamente o equilíbrio, é, em muitos casos, um preço necessário a ser pago para que o novo equilíbrio que alcancemos seja ainda mais sólido. Dessa maneira, no fundo, todos nós temos uma missão: fazer com que isso ocorra.
“Que seria da vida se não tivéssemos a coragem de tentar algo novo?”
– Vincent Van Gogh –
Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa
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