Esses dias li um artigo lindíssimo, daqueles que arranca lágrimas das pessoas mais sensíveis. Era um texto intitulado “Uma fábrica no deserto”, do site Yoskhaz. Entre as diversas reflexões e insights transmitidos nele, o que me tocou mais profundamente tem relação com os ciclos da nossa vida, que alternam entre alegrias, tristezas, depois novas alegrias e tristezas…
Leia com bastante atenção esses dois trechos que me inspiraram a escrever o texto que você lê agora!
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1º Trecho
Por que não esquecer os momentos tristes? Eu queria saber. O ancião seguiu a explicação: “Porque não o esquecemos nunca. Pode-se ficar um tempo sem lembrar, então, inesperadamente, eles nos tomam de assalto. Não é assim?” Balancei a cabeça concordando. Uma lágrima escorreu em minha face. Ele aprofundou: “Todas as situações complicadas que passamos na vida tem uma razão de existir. Claro que naquele momento temos uma enorme dificuldade em entender. Mas os dedos do universo são longos e somente mais à frente iremos compreender para, então, agradecer.” Fez uma pausa e concluiu: “As tristezas não podem nem devem ser esquecidas, pois precisam de superação. Apenas possível com entendimento e transformação do nosso jeito de ser e de viver. São os alicerces da fábrica de alegrias.”
2º Trecho
“Não olhe o passado como um jogo tristeza versus alegria. Veja como lições que o aperfeiçoaram. Então, não haverá perdas”.
Link do texto completo: Uma fábrica no deserto
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Há poucos dias estava conversando com uma pessoa que acabou de passar pela dor de um término de relacionamento e que está vivenciando o luto pela perda.
Ao ler esse texto fiquei impressionado por ter lhe dito algo bem parecido com o que está nele. Enquanto estamos de luto, é como se houvesse uma espécie de nuvem na nossa mente, gerada pelas emoções fortes e não conseguimos ver além, enxergar o futuro e o desenrolar de todas as experiências. E na realidade isso é bom, porque faz parte do nosso processo de aprendizagem e evolução!
Essa garota que conversei certamente vai perceber que, mesmo de forma dolorida, essa decisão por cada um após o término seguir o seu próprio caminho foi a melhor possível, porque dará a oportunidade de serem e estarem 100% em tudo que fizerem.
É muito sutil o que estou colocando aqui, leia bem atentamente para conseguir internalizar! Quando nos determinamos por nos doarmos, abrirmos o nosso coração, sermos totalmente sinceros e assim contribuirmos tanto com o nosso crescimento quanto com a pessoa que escolhemos nos relacionar. Uau! Esse relacionamento se torna algo sagrado, e aquilo que é sagrado, nunca será apagado para sempre no coração.
No entanto, quero tocar no ponto em que quase ninguém tem a coragem ou a sensatez de tocar. E quando esse relacionamento tão lindo e frutuoso por algum motivo termina?
Algumas pessoas com pensamentos e sentimentos radicais chegam a dizer assim: “Se acabou é porque não houve amor de verdade…”.
Eu me sinto mal quando ouço ou leio alguém dizendo isso, porque não é verdade! O amor verdadeiro pode sim acontecer e o relacionamento não durar a vida inteira. Hoje entendo isso com uma clareza muito grande. O que pode levar a um rompimento de um relacionamento que estava maravilhoso tem relação com as mudanças internas de um dos parceiros, que não é acompanhada de forma semelhante pelo outra pessoa, entende?
Observe você mesmo! E observe outros relacionamentos de pessoas que você conheça! Aqueles em que percebemos haver um amor profundo, um companheirismo bonito, compreensão mútua e por aí vai, são aqueles em que os dois têm sonhos parecidos, tem dinâmicas de vida parecidas, inclusive tem até medos parecidos, bloqueios parecidos!
Essas semelhanças é que geram essa espécie de “cola invisível”, uma cola que se dá em níveis energéticos!
No entanto, quando por questões muito pessoais, um dos dois vai mudando, vai almejando coisas diferentes, está tendo experiências até mesmo inesperadas, está vencendo seus medos e bloqueios, está se desafiando frequentemente etc, e ao mesmo tempo a outra pessoa não está seguindo algo semelhante, o que acontece?
Essa cola invisível vai se desgastando, vai perdendo a sua liga, até que em muitos casos, não segura mais nada…
É nessa hora que vem o término do namoro ou casamento, por parte quase sempre daquela pessoa que avançou mais em termos de consciência!
Falo tudo isso com propriedade, pois vejo isso acontecer o tempo todo, e estou buscando transmitir da forma mais clara e simples possível!
O mais importante é aprendermos que tudo, absolutamente tudo que vivenciamos, serviu para nos aperfeiçoarmos! Não cabe sermos ingratos e gritarmos aos 4 cantos do mundo que o relacionamento que chegou ao fim foi uma “droga”! Não! Não foi mesmo! Esse 2º trecho que compartilhei explica bem isso! Não há perdas, inclusive o amor não se perde.
Quando um relacionamento chega ao fim, foi um CICLO de vida que foi encerrado, e precisamos alimentar essa GRATIDÃO pelo tempo em que nos demos por inteiro, em que fomos a melhor versão de nós mesmos para contribuirmos com a felicidade nossa e de nossa parceira ou parceiro!
Há relacionamentos no qual essa cola que citei antes se desprega totalmente e ainda assim o casal continua numa espécie de “teimosia” a viverem juntos. Peço desculpas se soar muito pesada essa parte do texto OK?
São diversos os motivos (alguns até inconscientes) que levam esses casais a tomarem essa decisão, e esses motivos podem ser resumidos em uma única palavra: MEDO.
* O casal tem filhos e não quer ver os filhos sofrerem por causa da separação;
* O casal tem princípios religiosos muito internalizados como o famoso: “Até que a morte nos separe…”;
* A influência da família é muito forte, no sentido das tradições geracionais. Tipo: o bisavô teve um casamento que durou a vida toda, o avô também, o pai idem. Eu no meio disso tudo penso: “Como eu posso fazer isso com a minha família, não posso me separar…”.
* A pessoa tem um medo terrível de que não conseguirá encontrar outra pessoa para se relacionar.
* Quando os filhos são pequenos, se sabotam dizendo a si mesmas que “não tem tempo para pensar em ter um novo relacionamento”.
* Quando são um pouco mais velhos criam a desculpa: “Eu já sou velho(a) para arranjar outra pessoa…”.
Há mais motivos, certamente, mas acredito que esses são os principais! Se você analisar bem, perceberá que todos têm raiz no MEDO.
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Escrevi essa parte mais pesada no intuito de encorajar pelo menos alguns que estejam vivenciando algo semelhante a terem um pouco mais de CORAGEM, e assumam a verdade que está gritando em seus corações. Terminar um relacionamento não é um pecado mortal, não vai levar você para o inferno nem nada disso. Pode ser uma oportunidade de você se fazer mais feliz, e consequentemente, crescer em consciência.
Concluo esse texto enfatizando dois pontos: agradeça pelos relacionamentos que chegaram ao fim. Todos eles trouxeram lições importantes para o seu crescimento.
E tenha a coragem de ser sincero, de ser verdadeiro, ser puro em todo relacionamento que esteja vivenciando ou mesmo que venha a iniciar. Porque, ao se dar 100%, superando a si mesmo dia após dia, todo relacionamento se torna sagrado e ficará para sempre guardado no coração, independente de ele durar a vida toda ou não…]
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