Pense em uma época em que você estava muito infeliz.
Você provavelmente atribui isso a alguma situação específica, como um problema com o qual estava lidando, ou talvez você não tivesse coisas que achava que queria ou precisava.
Você provavelmente atribuiu mentalmente a causa de sua infelicidade a esses fatores externos.
Muitas vezes pensamos que são nossos problemas – nossas incômodas circunstâncias da vida – que nos tornam infelizes, e que, se nossas circunstâncias apenas mudassem para algo mais desejável, então a felicidade seria fácil.
Acontece, no entanto, que não são as nossas circunstâncias que nos fazem felizes ou infelizes.
Um recente estudo de Harvard revela que pensamentos dispersos e mentes que divagam estão diretamente relacionados à infelicidade.
O estudo descobriu que aqueles com mentes que divagam constantemente eram menos propensos a serem felizes do que aqueles capazes de se concentrar nas tarefas em mãos.
Este estudo parece confirmar o que budistas, sábios e santos há muito ensinam – que uma mente indisciplinada cria infelicidade e disfunção, e que as chaves para a felicidade estão no domínio da mente, e não na mudança de fatores externos em nossas vidas.
A parte mais surpreendente da descoberta é que a infelicidade não vem apenas da mente divagando para coisas desagradáveis.
O estudo mostra que pessoas com mentes que divagam para pensamentos neutros ou mesmo agradáveis são ainda menos felizes do que se a mente não divagasse.
Durante o estudo, as pessoas foram solicitadas a se concentrar em uma determinada atividade. Descobriu-se que, mesmo que a atividade fosse uma tarefa banal, os participantes ficaram mais felizes se suas mentes estivessem totalmente concentradas no momento.
A conclusão é que, quando a mente divaga repetidamente (e para muitos de nós divaga o dia todo, todos os dias), reduz drasticamente a felicidade e o bem-estar em geral.
Felicidade é viver no momento
Este recente estudo de Harvard serve apenas para confirmar os resultados de pesquisas que foram realizadas sobre meditação e plenitude por mais de 40 anos.
Mihály Csíkszentmihalyi, um dos principais pesquisadores mundiais em psicologia positiva, se refere a esse estado de espírito como “fluxo”.
Csíkszentmihalyi descreve o fluxo como sendo totalmente absorvido ou imerso na atividade em que você está envolvido. Não importa qual seja a tarefa específica – o que importa é que você esteja totalmente presente quando estiver fazendo aquilo.
Csíkszentmihalyi, muitas vezes chamado de avô da psicologia positiva, descobriu que nossos momentos mais felizes são quando estamos no estado de fluxo.
Neste estado, estamos muito alertas. Estamos totalmente focados em atenção concentrada. Esse foco – essa plenitude de estar no momento – é quando a verdadeira felicidade surge espontaneamente. [4]
Quando você está consciente de sua atividade, não está preocupado com arrependimentos ou preocupações; você não está planejando ou querendo nada.
Você não está dando poder aos processos de pensamento e, portanto, eles não dominam sua consciência.
O fluxo permite que você viva verdadeira e profundamente a sua vida à medida que ela se desdobra no aqui e agora.
Talvez seja por isso que a pesquisa mais recente continua a confirmar que a plenitude aumenta a felicidade – ser pleno é experimentar verdadeiramente a vida e aproveitar ao máximo cada momento.
Eu estou _____ demais para ser feliz
Algumas pessoas têm dificuldade em acreditar que as causas da verdadeira felicidade são tão simples.
“Sou muito pobre”, “tenho muitas preocupações” e “a vida não tem sido boa para mim” são queixas comuns. A mente muitas vezes tenta contar histórias sobre todas as outras coisas que você precisa antes de se permitir ser feliz.
No entanto, as circunstâncias da sua vida podem ter muito menos a ver com a sua felicidade do que você supunha anteriormente.
O The Association for Psychological Science observa que os pesquisadores descobriram que pessoas de alto status socioeconômico não são mais propensas a serem felizes do que pessoas de nível socioeconômico mais baixo. [5]
A felicidade não é algo que vem de onde você mora, o que você pode pagar, ou uma carreira ou relacionamento melhores.
Todas as evidências apoiam o fato de que a felicidade é encontrada a partir do cultivo de um ambiente mental saudável e equilibrado através da prática da plenitude, ou nas palavras de Csíkszentmihalyi, cultivando sua capacidade de estar no estado de fluxo.
Existe um velho ditado: “A felicidade é um estado de espírito.” No final das contas, é verdade, e esse estado de espírito tem um nome: plenitude.
Evidências sugerem que aprender essa valiosa habilidade é a chave para a realização verdadeira e duradoura.
Este artigo é uma tradução do Awebic do texto originalmente publicado em Inc.
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