Tantas coisas vão embora sem dizermos adeus. Em uma terça-feira qualquer vimos, pela última vez, um vizinho que partiu para nunca mais. Mudamos de emprego e aquele colega de trabalho não atravessará outra vez nosso caminho. Abraçamos o amigo da faculdade, durante a colação de grau, e nossos olhares não se verão novamente pelos caminhos da vida.
Assim como também num dia, entrei pela última vez, na velha casa que abrigou a minha família e cujas paredes não existem mais. Nessa mesma casa onde meus pais, irmãos e eu, almoçávamos reunidos, e que em algum dia de 1997, moramos pela última vez, todos juntos sob o mesmo teto.
Como do mesmo modo, em algum momento não registrado, o pai atravessou a porta para não voltar, o irmão casou e a filha mudou de cidade, de forma que esses momentos tão cruciais para a vida de todos, não foram vistos como despedidas.
Um ente querido parte sem o abraço derradeiro, o último beijo foi dado sem saber, a caixinha de música quebrou, a carta escrita em 1985 sumiu, o prédio da rua ao lado ruiu e pela bela rua florida não caminharemos outra vez.
E, dessa forma, o tempo todo dizemos adeus – de forma oculta ou invisível – às pessoas e às coisas. Um adeus imperceptível que não machuca o coração, pois só damos conta dele, muito tempo depois. De forma que nos iludimos na certeza de que algo permanece, quando na verdade, os dentes brancos de agora, amarelam amanhã, o corpo magro engorda e vice-versa, e os filhos fazem as malas para não mais morarem conosco, na sabedoria certeira de um Budismo que professa: “Alegre-se porque todo lugar é aqui e todo momento é agora”.
Nesse mesmo agora, onde me despeço com profunda e inocente ignorância, de um hábito, de um lugar ou de alguém, que fluirão para outros lugares ou terão outras formas.
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