“Se a minha vida é feita daquilo que escolho, ela também é consequência de tudo que não escolho. Quando não tenho coragem de colocar um ponto final em uma história, que na prática, já acabou, eu estou escolhendo não ser a dona da minha própria vida”
Quando eu prefiro, por um momento, ou meses, ou anos, não ser a responsável pelas minhas decisões, na prática, estou me deixando guiar pelo acaso. Mas, quando eu tenho coragem de enfrentar o “não” que digo a todas as coisas que me deixam infeliz, eu tenho que saber, que também posso enfrentar momentos difíceis. Porque a vida é isso: você opta por um caminho e não sabe exatamente o que virá. O que você pode fazer é simplesmente dar o melhor de si… Mas, o medo do futuro ou da solidão, muitas vezes, é maior do que a tristeza de um relacionamento ruim.
Não é você com os valores que são fundamentais “para você”. É você e sua família, é você e seus amigos, é você e as pessoas estranhas fazendo perguntas simplórias sobre questões muito mais complexas do que um simples “sim” ou “não”.
Na prática, é você querendo ser você, mas com uma multidão de gente fazendo as mesmas coisas, porque todo mundo faz assim. E você, vai fazer igual, ou vai fazer do seu jeito?
Vai ser a mulher que se divorcia, em uma cidadezinha do interior, e é apontada na rua como “separada”? Ou vai ser a mulher que se divorcia porque precisa ser feliz? Essa figura que se divorcia escolheu o não para aquele casamento. Mas, o ser humano que ela será depois disso, é o que realmente importa!
Eu quero ser como essa pessoa que diz não e sim, mas principalmente, essa mulher que sabe exatamente o que ela será depois de suas escolhas. Eu quero ser a mulher que não se abala com perguntas tolas sobre uma vida que as pessoas não sabem como é. Eu quero ser a mulher que é ela, em essência, e não aquela que anda nos mesmos trilhos dos outros. A mulher, que assumindo as consequências de seus desejos, está em paz consigo.
Eu não quero ser a mulher solteira ou casada. Eu não quero ser a fêmea que tem ou não tem filhos. Eu não quero ser aquela, que ao contrário das amigas, não se casou. Eu não quero ser a mulher que escolheu cursar Medicina simplesmente para ter status e dinheiro. Eu não quero ser a figura de cabelos lisos porque está na moda. Nem tão pouco usar os mesmos vestidos, para me tornar igual, em uma vitrine onde serei escolhida.
Eu quero apenas ser a mulher que está em paz com o que é. Eu quero ser a mulher livre dos outros. A que escolheu Pedagogia por amar lecionar, a que escolheu estar sozinha, porque sabe o que deseja de um relacionamento, a mulher que tem os cabelos crespos porque se sente bonita, a mulher que veste saias de borboletas para voar por aí. A mulher que assume suas escolhas. Essa é a mulher que eu desejo ser!
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