Certa vez li que “os amigos são a família que escolhemos”. Talvez, não exista melhor definição para essa relação afetiva chamada amizade. Um sentimento que une duas pessoas simplesmente pelo prazer de estarem juntas. Afinal, dividimos com o amigo, os sorrisos e as lágrimas, os silêncios e as palavras, os nascimentos e as partidas, as broncas e os abraços. E fazemos mais. Compartilhamos com nossos companheiros de jornada, algo que eu considero extremamente precioso, nesses tempos virtuais, em que tudo se torna descartável com tanta pressa: as lembranças e as histórias.
Nas gavetas de nossas recordações afetivas mora a amiga de infância, com longos cabelos loiros e uma franjinha inocente, falando sobre o seu primeiro amor. Assim, como também residem nas lembranças amigáveis, a confissão do primeiro beijo, a cola passada na prova de Matemática e o primeiro fora de uma paixão platônica. As brincadeiras de rua que se prolongavam por toda a tarde e nos faziam voltar para a casa com a roupa e os pés sujos, mas o coração em paz. Ou quem sabe, ainda, a hora de sair da escola em “comboio” com a turma, ou aquele amigo que fizemos durante a faculdade e que aprendemos a chamar de “irmão”. A amiga que era sua companheira fiel nas baladas, e que você seria capaz de dar um dedinho mindinho, para viver tudo aquilo com ela novamente! Ou o amigo que, de tão próximo, se tornou padrinho de um de nossos filhos. E, ainda mais, aquele amigo ou amiga, que sempre aparece para nos dar um apoio quando enfrentamos os momentos mais difíceis de nossas vidas. Todos eles, cada um deles, amigos e amigas, fazendo o papel de personagens que iluminam nosso álbum de memórias e nos seguem por toda a vida como referências de luz.
Afinal, confesse, se ao fechar os olhos e lembrar de um amigo querido, um sorriso não nascerá de seus lábios?! Um sentimento de bem-estar tão verdadeiro e profundo que tem sido tema de pesquisas em vários lugares do mundo. Em um trecho de uma matéria publicada pela Revista Superinteressante, por exemplo, lê-se o seguinte: “Em 1937, na Universidade Harvard, começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. O projeto, que continua até hoje, acompanha milhares de pessoas. Voluntários de todas as idades e perfis, que têm sua vida analisada e passam por entrevistas e exames periódicos que tentam responder à pergunta “o que faz uma pessoa ser saudável?” A conclusão é surpreendente. O fator que mais influi no nível de saúde das pessoas não é a riqueza, a genética, a rotina nem a alimentação. São os amigos.” E a reportagem ainda acrescenta: “Os amigos são o principal indicador de bem-estar na vida de alguém. Ter laços fortes de amizade aumenta nossa vida em até 10 anos e previne uma série de doenças. Pessoas com mais de 70 anos têm 22% mais chance de chegar aos 80 se mantiverem relações de amizade fortes e ativas – e ter amigos ajuda mais nisso do que ter contato com familiares.”
Ou seja, ter e manter os amigos por perto, faz bem, tanto para a mente, quanto para o corpo físico. Com eles, aprendemos desde cedo, a amar, a perdoar, a entender, a entrar num mundo diferente que, muitas vezes, pode nos soar estranho, mas que aprendemos a respeitar por amor. Um amor amigo que nos sustenta pelos longos caminhos que percorremos pela vida! Por isso, te desejo, caro leitor e cara leitora, saúde, e por isso mesmo, bons amigos!
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