Eu sou um espírito livre, uma alma que tem sede de luz, uma menina, uma mulher, um ser humano lutando para conquistar o meu espaço em meio a uma geração caótica e contraditória.
Nem sempre sou só amor, nem sempre sou flor.
Às vezes tenho espinhos, às vezes sou dor, às vezes fico, às vezes simplesmente vou.
Ando sem destino, e mesmo me perdendo, sempre me encontro. Porque às vezes ir embora é a melhor decisão que podemos tomar. Eu não tenho medo de ir embora de quem não quero mais ser, e dizer adeus para quem um dia já fui, mas que hoje não me representa mais.
Sou presença e nostalgia. Sou barulho e calmaria. Tenho necessidade de espaço.
O silêncio recarrega minhas baterias e me ajuda a respirar. Estar o tempo inteiro rodeada de pessoas é desgastante. Principalmente porque a maioria sabe sugar e raramente sabe doar. Mas cada um dá o que tem. E de tanto me decepcionar, aprendi a viver sem esperar nada (ou quase nada) de ninguém.
Minha missão e propósito maior é ser melhor, não do que os outros, mas ser, a cada novo dia, melhor do que fui ontem.
Tenho uma personalidade camaleoa. A minha religião é o amor e meu maior desejo: uma felicidade plena, calma e tranquila. Luxo para mim é poder viver enquanto tantas pessoas lutam contra doenças terminais e apenas desejam ter mais um dia de vida.
Ostentação é saber quem eu sou, é me respeitar e me amar a tal ponto que ninguém mais se atreva a me oferecer migalhas ou qualquer outro sentimento que não me transborde e enalteça.
Enfim, nada mais e nada menos do que tudo aquilo que eu mereço.
Não me encaixo em nenhum padrão, eles não me definem. Logo, não me defina, pois estou em constante evolução. Hoje sou, amanhã posso já não ser.
Eu tenho asas e por isso é melhor que não tentem me prender. De tanto cair, eu aprendi a voar. Ah, e como voo! Gosto de alçar os voos mais altos porque a vista lá de cima sempre é mais bonita.
Não tenho medo dos abismos porque gosto de tocar o céu, de brilhar junto com as estrelas. Gosto de me despir junto com a Lua, gosto da liberdade e aprecio tudo que é real. Sou feita de verdades que nem sempre agradam a todos.
Mas eu não nasci mesmo para agradar, eu nasci para honrar meu livre-arbítrio. Por isso não me sujeito a nada e a ninguém. Eu sou o meu próprio verbo.
Eu sou todas as ações, todas as emoções e, em minhas orações, eu sempre peço para ter olhos que vejam o melhor das pessoas. Um coração que saiba perdoar, mesmo nas situações mais difíceis. Uma mente que esqueça as coisas ruins e uma alma que nunca perca a fé.
Em minha complexidade, vivo com simplicidade e respeito ao criador.
E por falar em ser, eu posso até ser sua companhia se você merecer mas, pertencer… só a mim mesma!
Eu? Ah, eu sou toda minha!
Photo by Marco Testi on Unsplash
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