A nossa vida é o tempo todo contornada por duas palavras que determinam nosso destino, SEGURANÇA e LIBERDADE. Você percebe que elas são inversamente proporcionais? Quando aumento minha segurança, diminuo minha liberdade, já quando aumento minha liberdade, querendo ou não, diminuo a segurança, e consequentemente, estou bem mais exposto aos riscos do caminho. Qual o caminho que mais de 95% das pessoas escolhe? Acho que nem preciso responder não é mesmo?
É sobre isso que quero lhe levar a refletir hoje. A partir das sábias palavras do médico e escritor Augusto Cury.
“O medo de correr riscos bloqueia a inventividade, a liberdade, a ousadia. Há inúmeras pessoas que travaram sua inteligência e enterraram seus projetos de vida pelo medo de correr riscos. Não são conformistas nem coitadistas, eles almejam escalar seus alvos, mas não ousam. Procuram transformar seus sonhos em realidade, mas se inquietam com os riscos da jornada.
Eliminar todos os riscos da humanidade geraria pessoas autoritárias, individualistas, ensimesmadas, agressivas, deprimidas, entediadas. O risco implode nosso orgulho, esfacela nosso egocentrismo, nos une, nos estimula a criar laços e experimentar a difícil arte de depender uns dos outros.
Sem riscos, a psique não teria poesia, criatividade, intuição, inspiração, coragem, determinação, espírito empreendedor, necessidade de conquista. Sem riscos não conheceríamos o sabor das derrotas nem o paladar das vitórias, pois elas seriam um destino inevitável não fruto de batalhas. Sem riscos não erraríamos, não choraríamos, não pediríamos desculpas, não teríamos necessidade de humildade em nosso cardápio intelectual.”
Correr riscos é algo fundamental para que alcancemos nossos maiores objetivos. Essa palavra tem uma relação estrita com outras duas, que são possibilidade e oportunidade. Em ordem de grandeza, elas podem ser colocadas assim:
oportunidade < possibilidade < risco
Vamos entender essa sequência! Todos nós temos, centenas, milhares de oportunidades todos os dias, por isso ela vem primeiro. Toda oportunidade nos dá a possibilidade de uma escolha e de uma decisão, eu decido se vou nessa ou naquela direção, eu encaro o desafio da oportunidade lançada, que pode ser uma porta de sucesso ou não. É aí que está o risco, e muitos tremem nas bases quando veem essa palavra. Querem risco mínimo, querem SEGURANÇA, querem ter a certeza de que terão todas as contas pagas no final do mês. E o que esse pensamento faz? Leva medo para dentro das nossas mentes. E aqui faço questão de me incluir também. Eu também tenho muito medo de tomar decisões mais ousadas, porque também fico oscilando entre liberdade e segurança. Quero mais liberdade, mas ao mesmo tempo, sinto medo de fracassar, de perder, de me arrepender. Eu sou humano igual a você, estamos juntos nessa jornada. Vamos pensar juntos e vamos ousar juntos? Esse é meu desejo com esse texto, levar você junto comigo a uma viagem fantástica rumo a liberdade. E essa viagem só é possível quando há uma decisão real de fugir dos padrões e correr riscos, seguir o próprio caminho, sem a certeza absoluta da vitória. Isso é liberdade, e liberdade sempre traz riscos. Você pode ler essas palavras e tomá-las como um incentivo para que você tenha mais coragem e ousadia, ou pode simplesmente desconsiderá-las, tudo é uma questão de decisão, e essa decisão depende único e exclusivamente de você…
É muito importante o que o Augusto Cury fala sobre a ausência de riscos. Isso pode ser terrível, pois essa ausência leva a nossa vida cada vez mais a se tornar uma rotina, e a rotina faz com que nossa vida passe como um sopro, como uma nuvem, como se não tivéssemos vivido. Além do fato de gerar em nós todos os sentimento citados por ele. Sem riscos nos tornamos arrogantes, prepotentes, conformados… Com riscos aguçamos grandes virtudes como a humildade, o despredimento, a empatia, a amizade, o desejo de se juntar etc.
Eu sou um amante dos riscos, mas os riscos saudáveis é claro! Muita gente confunde correr riscos com ser uma pessoa “sem noção”, que busca altas adrenalinas ou desafiar a morte em algo radical, uma coisa não tem nada a ver com a outra. A segunda tem mais a ver com aventuras malucas do que com correr riscos.
Os riscos nos ajudam a cultivar aquilo que é belo, como o lado poético, a criatividade, o lado inventivo, o lado artístico etc. Já reparou que os artistas, os músicos, dançarinos, escritores, artesãos, escultores…. normalmente não são milionários? Claro que não estou generalizando, existem aqueles que se destacam e ganham fortunas. Mas onde quero chegar é que esses são caminhos que se seguem que normalmente não se ganha rios de dinheiro, e sabe o que é mais legal de tudo? É que quem escolhe essas belíssimas e encantadoras profissões estão movidas pela paixão ao que fazem, elas não colocam o dinheiro como o ponto de partida, NÃO, elas colocam a felicidade e realização como ponto de partida, e desta forma são felizes e fazem trabalhos magníficos. No fim, eles ganham dinheiro e vivem bem com o dinheiro que ganham, independente de ser muito ou pouco, porque na raiz de tudo está o propósito, o desejo de ser o melhor naquilo que faz e ponto.
Todos estes que citei correm enormes riscos, mas são riscos que fazem com que se destaquem em suas especialidades e que os levam a uma realização pessoal incrível.
Que você reflita um pouco sobre isso e busque correr mais riscos. Essa nossa sociedade prega cada vez mais a segurança e veja só! Milhões de pessoas insatisfeitas com seus trabalhos, rezando desde as 6:30h da manhã da segunda-feira para que chegue logo 18:00h da sexta-feira, ou estou falando alguma loucura? Se você não quer mais passar por isso e quer realmente ter mais liberdade, esse é o caminho, correr riscos e mais riscos, com coragem, com energia, com ousadia, com vibração! Esse é meu desejo para você…
Imagem de capa: RossHelen/shutterstock
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