Deu vontade, sabe? De te falar o óbvio, com esse meu jeito bobo, o quanto você é amor na minha vida. Foi natural. Foi sincero. Foi saudade.
Acho importante a gente dizer e ouvir um eu te amo algumas vezes. Não por obrigação, pois no amor não cabe isso de compensar carinho. Mas você não sabe até quando alguém vai fazer parte da sua vida. Logo, se bateu o impulso de falar, fale. Não guarde essas três palavras somente para os momentos especiais. Pare de criar regras e medir comportamentos na hora de confessar o seu amor por outra pessoa. Às vezes ela está precisando ouvir e você não se toca. Às vezes ela está querendo dizer e você não abre espaço.
Um eu te amo bem dito, cura. Um eu te amo disposto, muda o nosso dia para melhor. Não desconfie, aceite o sentimento que lhe foi entregue. Construa um mosaico de reciprocidades com ele. Tenta devagar. Tenta no seu tempo. Só não empurre com a barriga. Amanhã pode ser tarde.
Digo eu te amo sempre que posso, sempre que me permito. Não me pesa, não me tira a liberdade e muito menos faz do meu coração refém. Digo porque sinto. E, se sinto, nada mais honesto que o diga. Quem quer fazer dele morada, gratidão. Quem não quer, paciência. Só não deixo de ligar, mandar mensagem ou cantarolar no pé do ouvido. Vai saber, talvez o eu te amo que tenho seja tão nosso que até numa ligação qualquer ele encontra abrigo.
Imagem de capa: marcosphoto, Shutterstock
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