O problema da pessoa plastilina é que se doa tanto aos outros que se esquece de si mesma e de procurar o bem-estar que busca proporcionar aos outros.
A síndrome da pessoa plastilina afeta a muito mais gente do que se imagina. O grande problema é que a forma de atuar que essas pessoas têm, socialmente, é bem vista.
Este tipo de indivíduo deixa suas necessidades de lado para se encarregar das demandas dos outros. A consequência é que podem adoecer, já que deixam de se cuidar, de pensar em si mesmos.
A pessoa plastilina é muito serviçal. Precisa de alguém para ajudá-lo em sua mudança? Quer ser ouvido? Aí estará essa pessoa!
A pessoa plastilina tem uma generosidade que dói
Os sujeitos que se encontram dentro desta síndrome são excessivamente doadores. Não esperam receber, só pensam em doar.
Porém, isso é muito delicado. Nem todos são bons. Também existem pessoas tóxicas, aquelas que procuram manipular você à sua vontade, as que mentem, as que absorvem todas as nossas energias.
A generosidade não é negativa, sempre e quando não sirva como um proveito para que o machuquem. Uma situação que geralmente acontece.
Primeiro é preciso pensar em nós mesmos, ainda que tenham nos educado para que acreditemos que isso é considerado “egoísmo”.
Uma vez que saibamos cuidar de nós, já poderemos ajudar aos outros. Isso se, estabelecermos limites para que, na medida do possível, não nos machuquem.
A pessoa plastilina é um serviçal
Os indivíduos que sofrem desta síndrome se transformam em criados dos outros. Estão sempre aí para eles. Não importa o momento, nem a hora, nem o lugar.
Desta forma, carecem de assertividade absoluta. Eles se adaptam às circunstâncias, aos pedidos, às demandas que lhes fazem.
Não importa se isso os faz se sentirem mal. Se fosse por eles, se estivesse em suas mãos, estariam dispostos a solucionar os problemas dos outros e, inclusive, sofrer por eles.
Ao atuar como um serviçal, a pessoa plastilina tenta desenvolver uma alta empatia e intuição para se antecipar ao que os outros requerem.
Contrariamente, chega um dia no qual precisará da companhia ou ajuda de alguém, mas não a receberá.
As pessoas boas, que se doam a terceiros, terminam sendo usadas, maltratadas e pouco valorizadas.
Volte a se conectar com seu “eu” interior
Você pode deixar de ser uma pessoa plastilina, mas para isso precisará empreender um caminho muito difícil: se conectar com seu “eu” interior.
Esse “eu” verdadeiro que foi perdido no caminho, que foi afastado e jogado de lado e não teve a atenção merecida. É esse “eu” que precisa ser atendido agora.
Você viu como sua vida deixava de ser sua para ser dos outros? Sua felicidade? Você só se sentia feliz se os outros se sentissem assim, por você mesmo, era incapaz de consegui-lo.
Isso lhe parece justo?
Depender de forma constante dos outros, não fazer as coisas por si mesmo, mas sim para os outros, ser excessivamente bom e generoso…. Isso não é positivo.
Olhe para dentro de você e se encontre com essa pessoa que se perdeu no caminho. Essa que tinha sonhos, ilusões, metas próprias, desejos.
Não desapareceu, só está escondida. Procure por ela. Ela está dentro de você.
O que é que você quer?
Você já se deu conta de que se doar aos outros não o faz feliz, que priorizar as necessidades alheias não preenche as suas próprias necessidades.
Tudo isso o esteve consumindo.
É importante que, para começar a sair desta síndrome, siga alguns conselhos simples:
– Se lhe pedem um favor, tome seu tempo. Não diga “sim” de forma precipitada, não é imprescindível. Espere, reflita e verifique se quer e pode fazer isso.
– Quer dizer “não”? Você pode dizer não. Aceitar tudo o que nos propõem não é positivo, e menos ainda se é algo que vai contra nossos princípios e valores ou, simplesmente, que não queremos fazer.
– Não é egoísta, apenas se ama e se respeita. Se não for assim, de que maneira seria possível que você amasse e respeitasse aos demais?
– Deixe a culpa de lado. Ela o abordará, mas não a leve a sério. O sentimento de culpa tentará fazer com que você volte atrás em suas decisões.
Cuide de si, presenteie-se com momentos, tudo isso que você fazia pelos outros, agora faça por você mesmo. Você é a coisa mais importante, é a prioridade principal. Se você não se preocupar consigo mesmo, quem o fará?
Se você descobriu a pessoa plastilina que existe em você, é o momento de se ajudar a sair dessa situação na qual entrou.
Todos precisamos aprender a nos priorizarmos. Você não é egoísta. É generoso consigo mesmo!
Fonte indicada: Melhor com Saúde
Imagem de capa: Indypendenz, Shutterstock
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