Hoje, como de costume, fiquei pensando com meus botões as escolhas que fiz na minha vida e os caminhos pelos quais estou viajando. Muitas das viagens aconteceram — e acontecem! — no meu lar, no meu quarto, dentro do meu pijama surrado de domingo, que teimo usá-lo o dia inteiro e, pasmem, até vou na feira comer aquele delicioso pastel com caldo de cana vestido assim, confortavelmente. Crescer, talvez, seja isso: ser naturalmente a melhor versão da gente, autênticos; ou só um pouquinho relaxados para a opinião alheia.
Percebi que sempre tive algumas, ou muitas, escolhas na vida, porque a gente sempre as têm. E isso é muito bom; ter muitas oportunidades para seguir, pensar, refletir traz também alguma responsabilidade embutida que, vamos concordar, dá medo. Muito medo. Escolhemos aquela que, naquele momento específico, parece ser a correta. Entretanto, toda escolha por mais imperceptível que seja, é correta. Mesmo quando dá merda; e as que dão merda sempre nos ajudam a crescer, ou deveriam pelo menos. Se eu pudesse lhe dar um conselho sobre a vida, seria: relaxe. Sou feliz assim: vivendo alegremente com meus amigos, trabalho, viagens sozinho ou acompanhado. Vem dando certo desde então. Desde que me conheço por gente. Gosto da sensação de paz do lugar comum.
Estar sozinho é bom quando sabemos aproveitar esse momento; estar com alguém que traz essa mesma paz e sentimento de liberdade é melhor ainda, e ninguém por mais que queira, não consegue discordar disso… ou, se discorda, ainda não conheceu alguém que multiplica a alegria interior que só a gente, que se conhece tão bem, sabe se auto presentear.
Ultimamente ando sentindo essa vontade interior enorme de me apaixonar ainda mais. Vejo, que hoje, sou um mesclar de querer estar sozinho e acompanhado. Quero, talvez, é amar feito criança: com aquela curiosidade de desnudar tudo. Outra vez. Amar é nascer novamente e redescobrir a vida com novidade no olhar. Pode ser a idade que vem chegando depressa que me trouxe essa vontade. E é tão engraçado a sensação que ela traz, faz a gente sentir que podemos tudo e, logo quando assumimos a postura de “querer me apaixonar”, mesmo quando ainda não há ninguém, colocamos o uniforme de desbravadores do universo; ou do amor, que é quase a mesma coisa.
A vontade que eu tenho, depois de muito amadurecimento, é essa mistura de querer estar apaixonado e pronto para todas as aventuras e dificuldades a dois, mas, sem deixar o status quo da simplicidade de seguir sozinho mundo afora; ou adentro.
Amar, na minha visão — sem querer ser o dono da verdade — é se deixar viver com intensidade e calmaria, um complementando o outro, tudo ao mesmo tempo. Parece complicado, mas tem uma simplicidade que só a maturidade traz. E para dar certo é preciso misturar essa disposição para construir um futuro ao lado de alguém com seu próprio universo tão complicado como o nosso próprio; é a vontade de dar certo com alguém que queira o mesmo com a gente, com os momentos que a vida nos dá, claro.
Imagem de capa: Yulia Mayorova, Shutterstock
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