REFLEXÕES

Estar sozinho dói, mas através da dor você pode se curar

Embora possamos sentir um pouco de medo e dor no começo, ao estarmos sozinhos podemos aprender muito sobre nós mesmos, apostar no nosso bem-estar e crescer como pessoas.

Estar sozinho pode ser doloroso. De repente, você não tem ninguém ao seu redor que possa acompanhá-lo nesse duro caminho que está percorrendo.

A solidão é desaprovada, é considerada um fracasso. No entanto, às vezes não temos outra escolha a não ser experimentá-la, especialmente quando passamos por uma fase difícil. Porém, mesmo que a vejamos como uma grande inimiga, a verdade é que pode ser a melhor de nossas bênçãos. Porque estar sozinho dói, mas cura.

Estar sozinho vai lhe ajudar a curar as feridas

Às vezes, a vida nos deixa sozinhos para que possamos desacelerar, ouvir nosso interior e saber para onde devemos ir.

Às vezes, nos perdemos ao longo do caminho, começamos a ser infelizes e o sofrimento torna-se muito presente em nosso dia-a-dia. Este, em última análise, não desaparece, e chega um momento em que não podemos mais continuar.

Não importa o que estamos passando. Tendemos a acreditar que os problemas estão no exterior; no entanto, a solução está dentro de nós.

Por isso, experimentar a solidão é uma excelente oportunidade para se reconectar com nosso interior, para nos ouvir novamente e para descobrir como melhorar a nossa existência.

Mas, não nos lamentemos da solidão. É verdade que inicialmente tenderemos ao vitimismo, ou “por que isso aconteceu comigo?” “Eu não mereço isso”.

No entanto, isso tem que acabar para que possamos dedicar um tempo a nós mesmos, pensando apenas na pessoa que somos, cuidar de nós mesmos e nos amar muito.

Assim, descobriremos que ninguém pode resolver o problema pelo qual estamos passando. Ninguém além de nós mesmos.

A solidão nos independentiza dos outros

Estar sozinho é um excelente convite para todos aqueles que sofrem de alguma forma de dependência dos outros, como a dependência no casal, e até mesmo em outros tipos de relacionamentos.

Nós não podemos passar a vida toda deixando nossa felicidade nas mãos de pessoas que acabarão nos decepcionando e nos fazendo muito mal.

É importante que aprendamos a ser responsáveis, e percebamos que estar bem hoje não depende do estado emocional dos outros, mas sim de nós mesmos.

Só assim poderemos gerenciar nossas emoções, para ter algum equilíbrio e nos sentiremos bem sem ter que estar sempre olhando para fora.

Porque nós somos os únicos responsáveis pela forma como nos sentimos, e se permitirmos que outras pessoas adquiram esse poder, então estamos fazendo muitas coisas erradas.

Não dependemos de ninguém. A solidão nos assusta, mas às vezes isso é bom para tomarmos consciência disso. As pessoas vêm e vão, lhe machucam, outras lhe marcam. No entanto, a pessoa que nunca nos abandonará somos nós mesmos.

Estar sozinho dói

Embora consideremos a solidão como uma chance de cura, a verdade é que estar sozinho vai doer, muito. Vai ser tentador voltar atrás, voltar para a sua zona de conforto, mas as coisas não serão tão fáceis como antes.

Isso acontece porque você deu um passo enorme que, embora doloroso, é muito necessário. A solidão lhe espera para lhe dar a chance de amadurecer, de crescer, de se superar.

Quando você coloca o foco em si mesmo, começa a ver que merece coisas, você começa a se sentir mal por se considerar egoísta, mas isso é o que você precisa.

Estar na expectativa de que alguém não lhe deixe, de constantemente agradar os outros, de fazer as coisas, porque, caso contrário, você acha que vai ficar sozinho, é um erro grave.

Porque você é importante, porque você merece pensar em você. É hora de parar de gastar tanto tempo pensando em como ser melhor para os outros, para que lhe aceitem e lhe queiram.

Abandone o vitimismo e assuma o controle de sua vida. Você tem o poder e a vontade de fazê-lo. Não perca mais tempo.

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Imagem de capa: Konontsev Artem, Shutterstock

A Soma de Todos Afetos

Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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