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Por medo da solidão, muitas vezes, acreditamos ser merecedores do que a vida trouxer, mesmo que isso inclua relacionamentos abusivos, romances com pitadas de traições e amores com doses de violência. A verdade é que, para algumas pessoas, a ilusão dói menos que a solidão.
No cérebro de um iludido em potencial qualquer atitude serve como “sinal do destino”. Se ele te liga no domingo à noite, ele gosta de você. Se ela te manda um “emotions” com olhos de coraçõezinhos, é porque está apaixonada. Se há um pedido de carona,em um dia chuvoso, a natureza está enviando “sinais” para unir o casal. O grande problema do iludido é que ele, sabe que não é amado, mas age como se não acreditasse nisso.
É preciso entender que relacionamentos de verdade, envolvem pessoas de verdade. Simples assim! Ninguém consegue manter um relacionamento duradouro com pessoas convenientes. Pessoas convenientes reconhecem seu valor apenas quando querem algo, percebem o quão incrível você é quando estão sozinhas e querem sua companhia, somente, quando não tem outra (dói ler isso, não é? Eu sei! Imagine o que sua alma sente, quando você permite que isso aconteça).
Enquanto você se tortura com perguntas do tipo “por que não deu certo?” ou “por que ele não me assume?”, algumas pessoas,simplesmente, são movidas pela paixão, pelo imediatismo e pelo interesse que as companhias lhes oferecem e, assumir um compromisso sério, não está no objetivo de vida delas.
Você precisa entender que a culpa não é sua. O problema das situações mal resolvidas não é seu. Você é inteiro e merece um amor assim. Não foi criado para qualquer um porque, simplesmente, você não é qualquer um!
Você não faz dos outros “steps” de relacionamentos, não cura um amor com outro, nem usa da traição como artifício de defesa. Portanto, não merece que façam isso com você! Respeite-se!
(…)“ Ouça: respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você – respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você – pelo amor de Deus, não queria fazer de você uma pessoa perfeita – não copie uma pessoa ideal, copie você mesma – é esse o único meio de viver.” (Moser, Benjamin. Clarice, uma biografia. pág 302 Edição 2013).
Para amar é preciso ser independente emocionalmente e saber que, antes de ser dois, é preciso saber ser um. A própria companhia não deve ser encarada como solidão, rejeição ou fracasso. Ninguém te fala isso, mas estar só é, provavelmente, a melhor fase da vida. É nela que você desenvolve o autoconhecimento, aprende a se amar e cria a própria independência. Oscar Wilde brincava ao dizer que “os solteiros ricos deviam pagar o dobro de impostos. Não é justo que alguns homens sejam mais felizes do que os outros”.
Você não é chato, não fala demais, não é complicado. Você não tem um gênio difícil, não é estranho, nem difícil de amar. Reconheça que você é incrível, pare de viver de migalhas, de aceitar convites de fim de noite e de receber mensagens com o entusiasmo de uma criança. A vida acontece quando você entende que merece mais do que estão tentando te oferecer. Como dizia Marla Queiroz: “quero sempre o melhor, porque mereço e não aceito mais migalhas como se fossem um banquete”.
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