Imagem de capa: NaruFoto, Shutterstock
Eu já ouvi uma vez – não me lembro onde, nem quando – que a gente deveria tomar cuidado com aquilo que deseja, porque às vezes os desejos se tornam realidade. Confesso que, naquela hora, aquilo fez o maior sentido para mim. E isso talvez tenha acontecido em função das incontáveis vezes em que desejei coisas absolutamente ridículas e sem propósito, ou pior ainda, coisas das quais viria a me arrepender terrivelmente assim que as conquistasse.
Mas, de verdade, ainda bem que acreditei naquilo só assim “meio que na hora que ouvi”. Porque afinal de contas, desejo é desejo, ora essa! E tudo bem se o desejo que brotou na gente for um daqueles sem pé nem cabeça, não fizer nenhum sentido ou resultar num fracasso épico.
Fracassos são apenas acidentes de percurso nessa aventura sem precedentes chamada vida. E se a gente ficar com muito medo deles, aí sim, corremos o pior dos riscos que é o de deixar de nos surpreender com as alegrias inesperadas, e os sucessos improváveis e mais ainda, com uma nova perspectiva de existência que nos tire o fôlego e arranque a gente daquela vidinha mais ou menos.
E não tem quase nada pior do que viver mais ou menos, ter um trabalho mais ou menos, um relacionamento mais ou menos, um sonho mais ou menos. Essas coisas que não são nem boas, nem ruins, são parte de um plano da nossa própria cabeça dura que teima em acreditar que o fato de estarmos em cima do muro, nos protegerá dos perigos e turbulências.
Turbulências são uma excelente estratégia para fazer a gente desenvolver aquela malícia necessária para balançar junto com o barco, enquanto ele vence ondas gigantescas ou prosaicas marolas. E não adianta ficarmos sonhando com uma vida sem turbulências. Primeiro, porque isso não existe. E, segundo porque, se existisse, seria uma coisa tão chata, tão insossa, tão “mais ou menos” que em poucos dias (ou mesmo horas), estaríamos tentando arranjar algum jeito de nos metermos numa boa encrenca num outro planeta, numa outra galáxia, num outro universo.
E exatamente por isso, porque viver “mais ou menos” é quase o mesmo que não viver, que a gente precisa largar mão de economizar desejos; a gente precisa encharcar a alma de ousadia e gosto pelas coisas lindas. Viver encantado é muito melhor do que viver anestesiado!
Deseje! Deseje com todas as suas forças! E enquanto deseja, vá desenterrando ideias adormecidas, vá exercitando os músculos do coração, vá semeando jeitos de fazer a viagem valer a passagem. Deseje! Deseje como se cada desejo fosse o último! Deseje algo impossível, todos os dias! Porque os desejos, às vezes acontecem!
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