Imagem de capa: fly-m, Shutterstock
Amar sem apego não é sinônimo de amar menos, e sim de fazê-lo de modo maduro. Antes de buscar à pessoa ideal, devemos nos converter no que queremos encontrar.
Amar sem apego não é amar menos, nem construir um vínculo fraco com o ser amado.
Quando falamos de apego, é comum confundir com outros termos.
Não é o mesmo que a necessária relação mãe-filho que se constrói através do apego íntimo e incondicional para favorecer o crescimento e o adequado amadurecimento do bebê.
Quando falamos de relações de casal, a palavra “apego” implica em dependência, e a dependência deriva na perda de dignidade e na destruição da autoestima.
Essa despersonalização que, às vezes, estabelecemos ao fundirmos de corpo e alma com a pessoa amada não é saudável, nem justificável, nem responde a lógica alguma.
Cedo ou tarde a frustração aparece, a chantagem, o vazio e a consequente dor.
A seguir, propomos refletir sobre estas 5 chaves básicas que podem ajudá-lo a construir um relacionamento mais satisfatório, duradouro e feliz.
1. Evite ser um “viciado afetivo”: diga não aos apegos que trazem dor
A base do apego em um relacionamento se ergue sobre uma série de processos psicológicos e afetivos muito concretos, e também complexos.
– Existem pessoas que, acima de qualquer coisa, precisam ser amadas. É tal a necessidade, que chegam a confundir controle com carinho, ou ciúmes com paixão.
– Algo que devemos saber é que quem ama de verdade investe tempo, dedicação e esforços em dar felicidade.
– O amor não dói. O amor deve ser alegria, cumplicidade, harmonia e crescimento.
– Os viciados afetivos experimentam o amor do mesmo modo que um viciado precisa de sua “droga”. Não importam os efeitos secundários, não importa a dor ou aquela lenta autodestruição pessoal.
– Nunca devemos chegar a estes extremos. Entenda que qualquer tipo de dependência, seja de algo ou de alguém, tira nossa personalidade, deixamos de ser nós mesmos para nos converter em marionetes.
2. Desapego não é desamor: é amar de forma madura
Elena tem 28 anos e faz 3 anos que sai com Rafael. Sua vida mudou muito neste tempo, tanto que inclusive deixou de sair com suas amigas, e seus projetos profissionais ficaram parados.
– Não importa, diz a si mesma que sua única preocupação e sua única necessidade é fazer Rafael feliz. Mesmo que, às vezes, sente falta daquelas saídas com suas amigas, de falar com elas ou até mesmo de seu trabalho como jornalista.
– À medida que o tempo passa, Elena se pergunta se está fazendo as coisas direito. Sabe que ama seu parceiro, mas sente que está no interior de um círculo que cada vez a oprime mais, que a deixa sem ar.
– O que nossa protagonista deveria fazer neste caso não é deixar Rafael, é “se desapegar” dessa dependência afetiva e aprender a amar de modo maduro.
– Amar alguém não implica em deixar de lado o que somos, o que nos identifica. “Deixar tudo” por alguém fará com que, cedo ou tarde, nos sintamos frustrados.
Devemos aprender a nos priorizar, a dizer “me amo” e “te amo”.
3. O amor tem um limite e se chama dignidade
O amor tem limites, fronteiras e barreiras inquebráveis. Tê-las claras desde o início pode nos evitar sofrer de forma inútil.
– A própria autoestima é um limite essencial.
– Se nos subestimarem, nos ridicularizam ou nos fazem sentir fracos, não é amor.
– Se ofenderem nossos valores e não os respeitarem, não estaremos ante uma relação saudável.
– A dignidade pessoal não admite humilhações; é uma raiz de nosso crescimento pessoal que ninguém pode nem deve arrancar nem danificar.
4. Cuidado com os amores infantis e egocêntricos
Existem pessoas assim, que entendem que uma relação é como uma fonte de “autoalimentação”, para preencher vazios, para aplacar a solidão e para ser servido e nutrido como a criança necessitada de afeto que, por outro lado, é incapaz de devolvê-lo.
O relacionamento saudável e feliz é como uma dança harmônica, onde se dá e se oferece, onde se fala e se escuta, onde se ri e se faz rir, onde se cuida dos detalhes, onde se prioriza necessidades e onde se cuida e é cuidado.
As pessoas imaturas são aquelas que priorizam suas próprias necessidades frente às do parceiro, as que somente enxergam a si mesmas e seu universo faminto.
5. Converta-se primeiro na pessoa que quer encontrar
Quando uma pessoa constrói um relacionamento baseado no apego, é comum que seu esquema mental se baseie na ideia de “não sou capaz de me carregar sozinha: sem ele ou ela não sou ninguém”.
Chegar a estes extremos pessoais supõe, sem dúvidas, estar a bordo de um abismo onde, cedo ou tarde, cairemos na depressão.
É necessário evitar este tipo de vícios afetivos e iniciar um caminho “oposto”.
Ao invés de encontrar o parceiro ideal, preocupe-se primeiro em se converter naquela pessoa que desejamos encontrar:
– Alguém que ama a si mesmo.
– Alguém que não teme a solidão.
Converta-se em uma pessoa sem vazios, forte emocionalmente e se encha de felicidade, alegria, motivações e sonhos…
Alimentos vitais, todos que “nutrirão” também à outra pessoa para conseguir que ambos sejam capazes de construir um futuro de harmonia.
Fonte indicada: Melhor com Saúde
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Preciso de ajuda, estou entrando em depressão.
Eu amo muito minha namorada, e eu sinto que ela também me ama muito e faz muito por mim, só que ela é volta e meia muito agressiva e ignorante, em diversas situações que não tem necessidade de agir da forma que ela age, ela age.
Conhecendo ela o quanto eu conheço, sei que ela tem bastante questões psicológicas que ela precisa aprender lidar pra melhorar a forma de agir. Vejo também que ela melhorou bastante desde que começamos a namorar, só que eu estou cedendo tanto de mim, realmente esquecendo completamente de mim, do que eu sinto, do que eu quero, do que eu penso, pra ser compreensivo com ela e tentar ajudar, que momentos depois ou às vezes no dia seguinte ela vai falar sobre o que ela fez e me pedir desculpa.
Só que tudo têm doído tanto, mas tanto, que nesse exato momento que fiz essa pesquisa e encontrei esse artigo, estou me sentindo péssimo pela forma que ela agiu, sei que em algum momento ela vai tentar se redimir e fazer algo quase sempre como reconhecer o erros, mas eu já estou entrando em depressão.
Estou precisando de ajuda de verdade, e não sei o que fazer, pois isso parece ser mais difícil pra mim que sou homem, não sei explicar mas é.
Algumas pessoas já se incomodaram e vieram falar comigo quando presenciaram algo, e eu acabo por falar a mesma coisa, "que ela está melhorando", "que ela tem algumas questões psicológicas que precisa lidar", "que eu vou conversar".
Vou parar de escrever, e esperar uma resposta.
Estou em depressão, e sentindo vontade de fazer coisas péssimas, mas não sei o que fazer.