Se você vive procurando por aí encontrar a pessoa certa, lamento, não vai acontecer. Porque não há alguém esperando por você, do jeitinho que quer, com todas as qualidades fantasiosas saídas da mais bela história de amor. Mas existe sim, alguém que você possa confiar e entregar os seus melhores sentimentos, resultando assim em permitir-se algo verdadeiro, algo inesquecível.
Passar a vida esbarrando em afetos baratos, não é amor. Quantas vezes você jurou ter dado de cara com a pessoa certa? Depois de um tempo, depois de conhecer melhor quem está do seu lado, veio a decepção. A quebra dolorosa das expectativas que nutriu, durante tantos carinhos trocados. Então, como quem saltou do alto de um prédio, você assume a clássica postura do “fechado para balanço”. Desculpe, mas nada disso precisa ser essa sofrência made in novela mexicana. O problema é que você passa tempo demais achando muito e vivendo pouco. Quando o coração é partido uma vez, você o ignora. Acha que sabe o suficiente para cair de cabeça no próximo amor de verão em vez de tomar as rédeas e não passar pelos mesmos términos, novamente.
Te contaram uma mentira e você caiu direitinho. Não existe a pessoa certa. Mas existe a pessoa que você sabe que não é a errada. Sabe como? Porque é a pessoa que não te deixa por menos. Porque é a pessoa que está mais preocupada em entender e respeitar você do que sobrecarregar e diminuir tudo o que você trouxe de bom. Ela não apara verdades em benefício próprio. Ela não finge felicidades para evitar silêncios.
Qualquer outra variação disso, sinto em dizer, mas é a pessoa errada.
Imagem de capa: Lullaby for Pi (2010) – Dir. Benoît Philippon
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